Governo aumenta em 20% o crédito para o agronegócio
Valor do Plano Safra 2015/16 somará R$ 187,7 bilhões, diz Ministério da Agricultura. Juros para empréstimos de custeio passam de 6,5% para até 8,75%
O crédito disponível no Plano Safra 2015/16 somará 187,7 bilhões de reais, o que significa um aumento de 20% ante o plano anterior, informou o governo federal nesta terça-feira. Em seu discurso, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, fez uma defesa da parceria entre o setor público e privado. Ela disse que as economias modernas e bem-sucedidas são as que combinam setor privado vigoroso e proveem infraestrutura necessária à iniciativa privada.
Para o financiamento de custeio a juros controlados estão programados 94,5 bilhões de reais, 7,5% a mais em comparação com o período anterior, segundo comunicado do Ministério da Agricultura. Já para investimentos serão 33,3 bilhões de reais também a juros controlados.
Para os empréstimos de custeio da agricultura empresarial, a taxa é de 8,75% ao ano. Já para financiar os demais programas de investimentos, a taxa varia de 7% a 8,75% ao ano (faturamento até 90 milhões de reais). No plano anterior, a taxa média de juros de custeio era de 6,5%.
“Não podemos pedir aos coordenadores do ajuste fiscal um juro negativo”, afirmou a ministra, destacando que a presidente Dilma Rousseff não permitiu que as taxas superassem 8,75%.
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Durante cerimônia de lançamento, a presidente Dilma disse que os juros do novo plano “serão realinhados sem comprometer a capacidade de pagamento de produtores”. Os juros foram alvo de embate, nos bastidores, entre os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e da Agricultura, Kátia Abreu.
Mesmo em tempos de ajuste fiscal, destacou a presidente, o governo conseguiu ampliar em 20% os recursos de crédito para financiar a próxima safra. “Tenho certeza de que os nossos produtores continuarão respondendo ao nosso apoio com mais produção, com mais alimentos, mais emprego para os brasileiros e mais riqueza para o Brasil”, disse Dilma, destacando que o governo segue no empenho de criar uma “classe média rural forte”.
(Da redação)