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FMI: confiança do setor privado continua fraca no Brasil

Diretor do Fundo Monetário Internacional diz que atividade no país é 'anêmica', mas que pacote de ajustes da nova equipe econômica está na direção certa

Por Da Redação
21 jan 2015, 16h33

A confiança do setor privado continua “teimosamente fraca” no Brasil mesmo após o término do período eleitoral, afirma o diretor do Departamento para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Alejandro Werner. A avaliação corresponde ao que aponta a Confederação Nacional da Indústria (CNI), segundo a qual a confiança dos empresários atingiu, em janeiro, o menor nível da série histórica, que começou em 1999. “A atividade econômica é anêmica”, afirmou Werner nesta quarta-feira a jornalistas. A projeção do FMI é de que o Brasil cresça apenas 0,3% este ano, depois de ficar praticamente estagnado em 2014, avançando 0,1% – um dos piores desempenhos da América Latina.

Mesmo assim, segundo Werner, o compromisso da equipe econômica de Dilma Rousseff (PT) de melhorar as contas públicas e controlar a inflação deve favorecer as expectativas em relação ao Brasil. “A confiança é difícil de se recuperar, mas as autoridades brasileiras começaram com o pé direito.” Segundo ele, o pacote de ajustes proposto pelo governo está na direção correta, “mas há mais a ser feito tanto no lado fiscal como em infraestrutura”, ponderou.

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América do Sul – No caso específico da América do Sul, as perspectivas não são muito animadoras, avalia o diretor do FMI. A região tem sido bastante afetada pelo fraco crescimento da economia mundial e a consequente queda dos preços das commodities agrícolas e minerais. “Ao mesmo tempo, a região se beneficia pouco da maior expansão dos Estados Unidos.” Por isso, a previsão é de que as exportações dos países da sul-americanos cresçam em média apenas 1% em 2015.

Além disso, há problemas internos e, em meio aos baixos níveis de confiança, os empresários não investem. Werner destaca que o investimento na América do Sul tem desacelerado a cada ano desde 2010 e deve declinar em 2015. Na região, a previsão do FMI é de que a Argentina tenha retração de 1,3% este ano e a Venezuela encolha 7%, por conta da queda do preço do petróleo. Pelo lado positivo, o Chile deve crescer 2,8% e a Colômbia, 3,8%.

Petróleo – A redução do preço do petróleo deve ter, no geral, um impacto neutro para a região como um todo, destaca Werner. Mas alguns países, principalmente Venezuela e Equador, serão duramente afetados. Já para o México, que é exportador da commodity, a queda deve ter impacto limitado, pois o setor de petróleo tem um papel relativamente modesto na economia, destaca Werner. Além disso, o país deve se beneficiar da maior expansão esperada pelos Estados Unidos este ano.

(Com Estadão Conteúdo)

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