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FMI anuncia ajuda a países pobres para conter crises humanitárias

Medidas incluem simplificação da liberação de recursos para nações que enfrentam guerras ou catástrofes naturais e financiamentos com juro zero

Por Da Redação
20 Maio 2016, 09h28

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, anunciou nesta sexta-feira uma série de medidas para ajudar países pobres que enfrentam crises humanitárias, guerras e catástrofes naturais como terremotos, enchentes, deslizamentos, secas e erupções vulcânicas. As medidas incluem agilidade de desembolso financeiro, aumento do número de financiamentos, ajuda aos governos na elaboração de políticas macroeconômicas e concessão de empréstimos para conter o déficit no serviço da dívida pública de países com população de baixa renda.

Segundo Christine Lagarde, “a necessidade de assistência humanitária atingiu níveis não vistos desde a 2ª Guerra Mundial, [uma situação que deixou] milhões de pessoas em necessidade desesperada de apoio”. De acordo com a diretora do FMI, a concessão de ajuda humanitária é “um dos maiores desafios do nosso tempo.”

Para a dirigente, a grave situação dos países pobres exige, das nações em condições de ajudar, “uma mudança fundamental [na forma da] ajuda humanitária”. Hoje, segundo ela, não é apenas importante conceder ajuda, mas também “assegurar uma utilização mais eficaz dos recursos escassos “.

O anúncio das medidas tem como objetivo contribuir para o sucesso da Cúpula Mundial Humanitária, a se realizar em Istambul, na Turquia, no início da próxima semana. A Cúpula Mundial Humanitária é um evento promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), que vai reunir líderes das nações mais desenvolvidas do mundo para discutir formas de ajudar mais de 100 milhões de pessoas que vivem em países pobres afetados por crises e catástrofes naturais.

A inclusão de linhas de financiamentos ágeis para países pobres que enfrentam crises humanitárias, conforme diretrizes do banco, será feita por meio da flexibilização da operação (que normalmente é sujeita a condicionantes). O objetivo dessa iniciativa é restaurar a estabilidade econômica do país beneficiado e dar consistência ao crescimento do programa econômico.

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Christine Lagarde citou como exemplos de países com situações humanitárias graves o Nepal – que em 2015 enfrentou um terremoto que deixou milhares de mortos – e Vanuatu, onde houve escassez de alimentos depois da passagem do ciclone Pam, no ano passado.

Ao mencionar a necessidade de aumentar o número de financiamento a países com os quais o FMI já venha realizando ajustes econômicos, Lagarde citou a Jordânia. A economia da Jordânia foi seriamente afetada em razão de conflitos no Iraque e na Síria, que causaram a transferência de centenas de milhares de refugiados para o território jordaniano.

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Juro zero – Com relação à decisão do FMI de ampliar o financiamento aos países de baixa renda para satisfazer os pagamentos do serviço da dívida, o objetivo é aliviar as restrições orçamentárias de nações que enfrentam epidemias. Guiné, Libéria e Serra Leoa, que sofreram graves problemas de saúde pública, em decorrência do surto de ebola, estão entre os países beneficiados pelo FMI, inclusive com a concessão de financiamentos com taxas de juros equivalentes a zero.

A assistência a ser dada pelo FMI aos governos na elaboração de políticas macroeconômicas tem a intenção de evitar que o programa de combate a crises humanitárias seja prejudicado por uma eventual “instabilidade macroeconômica”, disse Christine Lagarde.

“As crises humanitárias exigem ações preventivas. O FMI está empenhado em desempenhar plenamente o seu papel, trabalhando em colaboração com os governos e agências internacionais e utilizando os seus recursos financeiros, competência política e assistência técnica”, finalizou.

(Com Agência Brasil)

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