Está aberta a temporada de resultados (ruins) das empresas de Eike
MMX é a primeira da fila, com perdas de 55,2 milhões de reais no primeiro trimestre do ano
Não à toa o empresário Eike Batista contratou uma consultoria esotérica para tentar equilibrar as energias do grupo. A temporada de resultados já começou – e as empresas da holding EBX têm grandes chances de permanecerem no vermelho. Em 2012, as cinco principais companhias fundadas pelo bilionário (MMX, LLX, OGX, OSX e MPX) fecharam o ano com prejuízo.
A MMX, mineradora de Eike, registrou prejuízo líquido foi de 55,2 milhões de reais no primeiro trimestre, ante um lucro de 49,3 milhões de reais nos três primeiros meses de 2012. No quarto trimestre do ano passado, a empresa teve prejuízo de 348,7 milhões de reais.
O Ebitda ajustado do primeiro trimestre, indicador que mede a eficiência operacional de uma empresa, foi de 3,1 milhões de reais, 71% menor do que em igual período de 2012, mas acima do resultado negativo de 16,8 milhões de reais do quarto trimestre de 2012. A produção de minério de ferro da MMX no primeiro trimestre foi de 1,5 milhão de toneladas, queda de 7% frente ao quarto trimestre de 2012 e recuo de 1% em comparação com o primeiro trimestre de 2012.
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O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) do primeiro trimestre do ano ficou em 71,49 reais por tonelada, superior em 28% ao valor de 55,91 reais do último trimestre de 2012. Segundo a empresa, a elevação de custos deveu-se a um menor volume de vendas (-28% em comparação com o trimestre anterior), acarretando a não diluição dos custos fixos; a um aumento do recolhimento de Cfem, royalties e TFRM; ao maior volume de exportações de Corumbá via Argentina, que possui maior CPV/ton em função da logística fluvial; e ao menor ajuste de inventário.
(Com Estadão Conteúdo)
Nota atualizada na quarta-feira, 30 de abril, às 18 horas, segundo informações da assessoria da MPX: Em relação às informações sobre a MPX publicadas na matéria sobre a temporada de resultados do Grupo EBX, gostaríamos de esclarecer que a MPX é uma empresa operacional, com cinco empreendimentos de geração de energia em funcionamento, totalizando 1.420 MW. Atualmente, a empresa opera as Usinas Termelétricas Pecém I (CE), Itaqui e Parnaíba I (MA), que a consolidam como uma importante geradora térmica no país, além de Amapari (AP) e da Usina Solar Tauá (CE).