![A presidente Dilma Rousseff, durante o segundo dia da cúpula entre a UE e a Celac, em Bruxelas, Bélgica](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/05/alx_dilma-20150611-06-original_original2.jpeg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
A presidente Dilma decidiu não tomar partido, em Bruxelas, ao ser instada a dizer com qual país se identificava mais: Grécia ou Alemanha. Além de não querer se posicionar, a presidente se mostrou indignada com a pergunta, conta a reportagem de O Estado de S. Paulo. “É o tipo da pergunta que eu não responderei, porque é absolutamente estranha. Eu vou me aproximar de algum chefe de Estado mais do que de outro? Jamais!”, disse, referindo-se aos dois chefes de governo. “Eu represento o Brasil. Tenho relações bastante estreitas com a Alemanha, e também tenho relações com a Grécia”, disse. Incapaz de honrar suas dívidas, Atenas avisou que vai recuar nos pagamentos devidos ao Fundo Monetário Internacional (FMI). A Alemanha resmunga que o premiê grego, Alexis Tsipras, não empreende as reformas necessárias para que o país tenha recursos para pagar seus credores. A tensão entre ambos é o principal assunto na Europa, hoje. Dilma se reuniu com Tsipras por mais de meia hora nesta quinta-feira. Ao final do encontro, disse que austeridade demais é ruim. “Todas as medidas de austeridade implicam dois lados. Um lado é não impor um ajuste que quebre o país. Nós temos a experiência do que aconteceu quando a Argentina teve aquele problema no final da década de 1990, início dos 2000”, disse. Dilma também se reuniu com Angela Merkel e afirmou que a chanceler visitará o Brasil no segundo semestre. Sobre isso, não ficou em cima do muro. “O Brasil passa a ser um parceiro especial, porque esta visita de alto nível é feita a poucos países”, congratulou-se.