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Empresário passa a ter 10,30% do banco Panamericano

Silvio Tini de Araújo, que vem comprando ações da instituição desde o ano passado, atingiu na terça-feira a marca de 10,30% do capital preferencial

Por Da Redação
18 jun 2013, 16h07

Investidor tarimbado, conhecido no mercado por ter participações relevantes em companhias de nome como Alpargatas, Bombril e Paranapanema, o empresário Silvio Tini de Araújo agora ataca de bancos. Ele atingiu na terça-feira a marca de 10,30% do capital preferencial do Banco Panamericano e se consolidou como um dos principais acionistas da instituição, controlada pelo BTG Pactual e pela Caixa Econômica Federal (CEF).

�”Fiz o movimento, em primeiro lugar, para dar mais equilíbrio à minha carteira de investimentos. Mas também porque gosto da ousadia do pessoal do BTG�”, disse o empresário. Ele não conta quanto investiu. Mas, pela cotação dos papéis em bolsa, calcula-se que tenha colocado entre 150 milhões de reais e 200 milhões de reais no negócio desde o ano passado.

Radar on-line: Ano novo, banco novo

Tini começou a comprar ações do Panamericano no ano passado. Chegou a 5% das ações preferenciais em fevereiro e, de lá para cá, dobrou sua participação. Diz que também está interessado em outros bancos. �”Meu foco está no Bradesco, como banco, na Itaúsa (controladora do grupo Itaú), como holding e no Panamericano, como aposta no futuro.”, disse.

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Apostas anteriores no mercado financeiro não deram o resultado que o empresário esperava. Ele chegou a ter 5% do Mercantil de São Paulo e do Banespa, que acabaram vendidos, e perdeu dinheiro com o Banco Cruzeiro do Sul, liquidado pelo Banco Central no ano passado.

Risco – Mas o próprio Tini é o primeiro a lembrar que apostas ruins fazem parte do jogo. Seu padrão é ser sempre minoritário, com participações de pelo menos 5% e no máximo 25% das empresas em que se torna acionista. �Tenho sempre 10% do meu patrimônio aplicado em negócios de alto risco, mas que podem dar alto retorno�, afirma.

O empresário não fala sobre seu patrimônio, mas é dono de participações diretas e indiretas em várias empresas que formam uma carteira que já foi avaliada em cerca de 1 bilhão de reais. Além de Alpargatas, Bombril e Paranapanema. Tini é sócio da Vanguarda Agro e da mineradora Buritirama, entre outras empresas.

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Com a fatia de 10,30% das ações preferenciais alcançada na segunda, o empresário passou a ter 4,7% do capital total do Panamericano. Ele encostou na gestora de recursos Polo Capital, terceira maior acionista do banco, que tem 11,6% do capital preferencial e 5,2% do total, de acordo com os últimos dados disponíveis, de maio.

Fraudes – O Panamericano teve prejuízo de 603 milhões de reais no ano passado, mas este ano apresentou lucro de 39 milhões de reais no primeiro trimestre. Está em processo de recuperação, depois da descoberta de um rombo de 4,3 bilhões de reais, que foi encoberto por fraudes contábeis. Recentemente mudou o nome para banco Pan, uma tentativa de apagar os problemas dos últimos anos.

Quando virou escândalo, o Panamericano pertencia ao apresentador Silvio Santos, que vendeu metade do banco à Caixa em dezembro de 2009, antes da descoberta de que o banco estava quebrado. Em 2011, o BTG Pactual comprou a participação de Silvio Santos e passou a controlar a instituição, junto com a Caixa Econômica. O banco hoje é comandado por José Acar Pedro, ex-BCN e Bradesco, e sócio do BTG Pactual.

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(com Estadão Conteúdo)

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