Emprego na indústria fica estável em abril, diz IBGE
Em comparação ao mesmo mês do ano passado houve queda de 0,5%
O emprego na indústria brasileira ficou estável em abril na comparação com março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Na comparação com igual mês de 2012, o total de pessoal ocupado na indústria recuou 0,5% – 19º resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, mas o menos intenso desde janeiro do ano passado, quando houve queda de 0,4%. No acumulado de 2013 até abril, os postos de trabalho na indústria recuaram 0,9%, enquanto em 12 meses acumulou queda de 1,3%.
As contratações do setor não acompanharam o mesmo ritmo da produção. Conforme o IBGE divulgou na semana passada, a produção industrial cresceu 8,4% em abril ante o mesmo mês de 2012, e avançou 1,8% frente a março. Na relação anual, esta foi a maior alta desde agosto de 2010.
Com isso, a produção da indústria, um dos setores que mais tem afetado negativamente o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos últimos trimestres, acumulou alta de 1,6% do primeiro quadrimestre do ano, revertendo a queda de 1,1% assinalada nos quatro últimos meses do ano passado. Em março, o indicador havia caído 3,3% em relação ao mesmo mês de 2012, e subido 0,7% em comparação a fevereiro. Em fevereiro, teve a maior queda mensal desde dezembro de 2008.
Leia mais: Produção industrial cresceu em 9 de 14 regiões em maio
IPI menor faz crescer produção industrial, segundo IBGE
O número de horas pagas pela indústria, descontadas as influências sazonais, subiu 1,0% de março para abril, segundo o IBGE. Em comparação a abril de 2012, o indicador avançou 0,1%. A taxa interrompeu uma série de 19 taxas negativas consecutivas.
Já o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores subiu 0,2% de março para abril. No ano, a taxa acumulada é de 2,0% e, em 12 meses, de 3,6%. Em comparação a abril de 2012, a folha de pagamento na indústria avançou 2,6%. Foram registradas altas em 11 dos 14 locais pesquisados, com destaque para São Paulo (3,6%).
Ainda na comparação anual, o IBGE destacou que o valor da folha de pagamento real da indústria cresceu em 12 dos 18 setores investigados, com destaque para alimentos e bebidas (6,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos de comunicações (7,9%), produtos químicos (5,9%), produtos de metal (4,9%), meios de transporte (2,3%) e indústrias extrativas (4,9%). Os principais impactos negativos foram observados em papel e gráfica (-5,8%), metalurgia básica (-1,2%) e máquinas e equipamentos (-0,6%).
(com agência Reuters)