Embraer lança 2ª geração da família de jatos comerciais
Investimento estimado é de US$ 1,7 bilhão nos próximos oito anos. Primeira aeronave deve estar funcionando em 2018
A Embraer anunciou nesta segunda-feira o lançamento da segunda geração da família de E-Jets de aviões comerciais, denominada E-Jets E2 e composta por três novos modelos: E175-E2, E190-E2 e E195-E2. Segundo a empresa, o E190-E2 deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2018, enquanto o E195-E2 está programado para entrar em serviço em 2019 e o E175-E2, em 2020. A fabricante brasileira estima que o investimento total para o desenvolvimento dos novos modelos dos E-Jets E2 será de aproximadamente 1,7 bilhão de dólares ao longo dos próximos oito anos.
A Embraer prevê uma demanda de 6.400 jatos comerciais com capacidade para até 130 lugares ao longo dos próximos 20 anos. Com mais de 1.200 encomendas de E-Jets, a empresa detém 42% do mercado em seu segmento. Segundo a empresa, mais de 950 E-Jets foram entregues até o momento para 65 clientes de 47 países. “Ainda este ano, o milésimo E-Jet deixará a linha de montagem, nove anos após o primeiro avião entrar em serviço”, informa a companhia.
Leia mais: Embraer vende 40 jatos para a SkyWest por US$ 1,7 bilhão
Lucro da Embraer cai 67% e soma R$ 62,6 mi no 1º trimestre
Em nota, o presidente da empresa, Frederico Fleury Curado, afirma que o lançamento do E2 se baseia na “nossa visão de oferecer jatos comerciais com tecnologia de ponta e capacidade adequada para o segmento de 70 a 130 assentos, com o mesmo padrão superior de conforto e desempenho dos grandes aviões”.
Mudanças – A empresa detalha que em uma configuração de classe única, o E175-E2 foi estendido em uma fileira de assentos, em comparação com o E175 da geração atual, e terá capacidade para até 88 passageiros, enquanto o E190-E2 mantém o mesmo tamanho que o E190, de até 106 lugares. Já o E195-E2, em comparação com o atual E195, cresceu três filas de assentos e pode acomodar até 132 assentos.
A nova geração combina, segundo a Embraer, uma nova asa com maior alongamento e aprimoramentos de sistemas e aviônicos – incluindo a quarta geração de comandos de voo fly-by-wire – e os motores de alto desempenho da Pratt & Whitney PurePowerTM Geared Turbofan. Tudo isso resultará em reduções de dois dígitos no consumo de combustível, nas emissões, ruído e custo de manutenção e aumento na disponibilidade das aeronaves, afirma a empresa.
“Os E-Jets E2 serão capazes de ter custo por assento semelhante ao de aeronaves narrow-body maiores remotorizadas, com um custo por viagem significativamente menor, criando assim novas oportunidades de desenvolvimento de novos mercados com risco reduzido e o dimensionamento correto da frota pelas companhias aéreas”, afirma a companhia.
(com Estadão Conteúdo)