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Em dia ‘D’, Abilio vende 8,8 milhões de ações do Pão de Açúcar, diz agência

Empresário vendeu ações do Pão de Açúcar na manhã em que se prepara para ser eleito presidente do Conselho da BRF

Por Da Redação
9 abr 2013, 13h45

O empresário Abilio Diniz promoveu nesta terça-feira um novo leilão de venda de ações preferenciais que possui do Pão de Açúcar (GPA), no mesmo dia em que os acionistas da Brasil Foods (BRF) poderão apontá-lo como presidente do Conselho de Administração da companhia de alimentos.

O leilão previa inicialmente vender 7,964 milhões de ações de Abilio, mas outros acionistas entraram na operação e elevaram o total de títulos comercializados para 8,836 milhões, segundo duas fontes ouvidas pela agência Reuters. Cada ação no leilão saiu a 107,15 reais, disseram as fontes. Assim, o giro financeiro chegou a quase 947 milhões de reais – sendo 853,3 milhões de reais de Abilio.

Foi o terceiro leilão de venda de papéis preferenciais do Pão de Açúcar por Abilio. O empresário já havia vendido cerca de 150 milhões de reais em ações do grupo do qual ainda é presidente do Conselho de Administração em dezembro de 2012 e voltou a vender papéis em janeiro deste ano, transição na qual levantou cerca de 1,5 bilhão de reais.

Com o leilão desta terça-feira, realizado por meio do fundo Santa Rita, somado aos anteriores, Abilio reduziu sua participação no total de ações preferenciais do Pão de Açúcar de cerca de 20%, antes de dezembro, para pouco mais de 5%.

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Além dos papéis preferenciais, Abilio tem ações ordinárias (que dão direito a voto) do Pão de Açúcar alojadas dentro da Wilkes, holding franco-brasileira formada em sociedade com o Casino, e que controla o grupo varejista brasileiro. Considerando o capital social total do Pão de Açúcar, o empresário ainda mantém perto de 11% de participação.

Segundo uma das fontes, a operação dá prosseguimento ao processo de diversificação dos investimentos de Abilio, que no meio do ano passado transferiu o controle do Pão de Açúcar ao Casino, como estabelecido em acordo de acionistas firmado anos antes.

Desde 2011, Abilio e seu sócio, Jean-Charles Naouri, presidente do grupo francês Casino, desentendem-se devido à transferência do controle do GPA. Na época Abilio tentou aprovar um plano no qual unia as operações do Carrefour no Brasil ao Pão de Açúcar. O plano foi amplamente – e publicamente – criticado pelo grupo francês, que o acusou de tentar minar o acordo de acionistas na Wilkes, que transferia o controle para o Casino.

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Por contrato, Abilio permanece no cargo de presidente do Conselho de Administração do Pão de Açúcar, independentemente de sua fatia na companhia. A votação dos membros do Conselho da BRF, que acontecerá nesta tarde de terça-feira, da qual Abilio é favorito para ganhar o posto de presidente do Conselho, deve trazer mais tensão para as discussões entre os sócios. O Casino, representado por seu CEO, Jean-Charles Naouri, vê conflito de interesses na manutenção de Abilio no cargo de presidente do Conselho do Pão de Açúcar caso ele assuma a mesma posição na BRF, uma das principais fornecedoras do grupo varejista.

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(com agência Reuters)

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