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Economist: se eleita, Marina terá de rever promessas se quiser cortar gastos

Revista britânica questiona como candidata do PSB irá ampliar investimentos em áreas sociais e fazer, ao mesmo tempo, um ajuste fiscal

Por Da Redação
5 set 2014, 18h43

Reportagem publicada no site da revista britânica The Economist destaca as promessas onerosas feitas pela candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva. Dentre elas, o aumento do investimento voltado à educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2019; a ampliação do Bolsa Família de 14 milhões para 24 milhões de famílias e o passe livre estudantil. Segundo a revista, Marina terá de “voltar atrás em algumas dessas promessas”, já que, ao mesmo tempo, ela pretende reduzir gastos públicos, sem aumentar impostos.

A revista classifica a plataforma econômica da Marina como “ortodoxa” e destaca alguns de seus principais pontos, como um maior rigor fiscal, a autonomia do Banco Central e câmbio flutuante. Segundo a The Economist, Marina ainda promete uma reforma tributária e a uma interrupção da interferência em empresas estatais, como a Petrobras. No entanto, algumas perguntas ficam no ar, como a composição de sua equipe. Eduardo Giannetti, um de seus principais consultores na área econômica, já afirmou que não tem nenhuma pretensão ministerial. Armínio Fraga, que seria o ministro da Fazenda em um eventual governo Aécio Neves (PSDB), também nega interesse até o momento, reforça a revista.

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Na versão impressa, a The Economist dá amplo espaço à Marina Silva na edição que chega às bancas neste fim de semana. Além de uma reportagem sobre o avanço da ex-ministra, a revista publica editorial em que critica a falta de substância do discurso da candidata que atualmente é a principal concorrente de Dilma Rousseff (PT). “Marina Silva ainda tem de dizer mais sobre como exatamente uma pessoa relativamente estranha (outsider, em inglês) iria governar o Brasil. No momento, há muito pouca substância e muita conversa sonhadora sobre ‘nova política'”, diz o editorial. “No final, os eleitores do Brasil têm de fazer uma escolha entre ficar entre a Rousseff sem brilho, o Aécio amigável aos negócios ou apostar na emocionante, mas obscura Marina Silva”, diz o editorial.

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Para a Economist, Marina precisa superar “duas preocupações”. “A primeira é a reputação de intransigência que tornaria difícil administrar o Brasil, onde o multipartidarismo é a norma”, diz o texto, ao lembrar que a candidata deixou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva por oposição em relação a algumas políticas ambientais. “Sua fé pentecostal faz com que ela não seja liberal em algumas áreas”, completa o texto, ao citar a questão dos direitos civis dos homossexuais.

A outra preocupação da Economist é a experiência. “Ela sabe pouco sobre economia”, aponta o editorial. A revista reconhece, porém, que a experiência tem benefícios questionáveis. “Dilma era considerada uma gestora competente antes de assumir o cargo, mas sua interferência ajudou empurrar o Brasil para a recessão”, diz o editorial. “Marina tem um mês para preencher essas lacunas.”

(Com Estadão Conteúdo)

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