Déficit comercial dos EUA é o menor em 3 anos e meio
Resultado negativo da balança comercial caiu 22,4% em junho, para 34,22 bilhões de dólares
As exportações dos EUA tiveram em junho a maior alta em quase um ano, em um possível sinal de demanda mais forte na economia global, enquanto as importações diminuíram. Segundo dados do Departamento do Comércio, o déficit comercial do país caiu 22,4% na comparação com maio, para 34,22 bilhões de dólares, menor nível em três anos e meio. O resultado ficou abaixo da previsão dos economistas, que esperavam déficit de 43,5 bilhões de dólares.
O crescimento mensal das exportações foi de 2,2%, para 191,17 bilhões de dólares, o mais forte desde setembro de 2012, e elevou as exportações para um recorde em termos ajustados pela inflação. As importações, por outro lado, recuaram 2,5%, para 225,40 bilhões de dólares, em um sinal de que a demanda dentro dos EUA permanece contida.
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A alta nas exportações reflete em grande parte a demanda global mais forte por produtos fabricados nos EUA, o que ajudou a contrabalançar uma queda nos embarques de outros bens, como automóveis. As importações de petróleo atingiram em junho o nível mais baixo desde novembro de 2010.
O relatório do Departamento do Comércio também mostra que a economia global continua instável, com demanda forte em algumas regiões e muito fraca em outras. No primeiro semestre deste ano, as exportações para a China – o terceiro maior mercado para produtos e serviços norte-americanos – subiram 4,2% em comparação com o mesmo período do ano passado.
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Enquanto isso, as exportações para o México aumentaram 4,4%. No entanto, as exportações para a União Europeia caíram 5,5% e para o Reino Unido diminuíram 15,3%. Já as importações da China cresceram 2,5% no semestre, também em base anual.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)