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Copom anuncia corte de juros de 0,5 ponto porcentual

Com a decisão, a taxa básica de juros (Selic) passa a 11,50% ao ano

Por Da Redação
19 out 2011, 18h45

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu nesta quarta-feira a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, para 11,5% ao ano. A queda não surpreende o mercado, que já previa novos cortes após o BC deixar claro, na última reunião, que antevê uma desaceleração intensa da economia brasileira nos próximos trimestres. “O Copom entende que, ao tempestivamente mitigar os efeitos vindos de um ambiente global mais restritivo, um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012”, diz o anúncio.

Trata-se da segunda redução dos juros promovida pelo comitê neste ano. Em 31 de agosto, o BC já havia decidido baixar a Selic em 0,5 ponto porcentual para 12% ao ano, numa decisão que não foi unânime, pois contou com a oposição de dois diretores da autoridade monetária. A decisão pegou o mercado – que se encontrava dividido entre manutenção e uma queda de 0,25 ponto porcentual da Selic – de surpresa e foi duramente criticada pelos analistas.

Desta vez, não é muito diferente. Os economistas ainda lutam para aceitar o argumento do BC que prevê enormes impactos da crise internacional no Brasil. Tal como na reunião de agosto, a avaliação é que o Banco Central tem adotado uma estratégia arriscada, pois aposta num afrouxamento dos juros num momento em que a inflação oficial atinge 7,31% – a maior alta em doze meses desde junho de 2005. O mercado também a vê como uma política, no mínimo, excessivamente cautelosa em relação aos impactos da crise internacional. A aposta do BC numa forte contração não foi ‘capturada’ pelos principais indicadores da economia, exceto pela leve redução da produção industrial em agosto (-0,2%).

Enfim, boa parte dos analistas não consegue “comprar” a tese do BC de que a economia doméstica desacelerá fortemente neste ano, a ponto de permitir um alívio das pressões inflacionárias. Para o mercado, ainda não está nada claro até que ponto essa medida de “cautela” e “precaução” – isto é, o ciclo de redução da taxa Selic – poderá se revelar um castigo para a economia do país ao criar as condições para um descontrole da inflação.

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