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Como a América Latina pode avançar em infraestrutura

Reformas em setores chave ao desenvolvimento são a origem das oportunidades na região. Mudanças envolvem líderes do setores público e privado, além da academia

Por Eduardo Leite
6 Maio 2015, 14h03

Enquanto a economia latino-americana parece estar desacelerando após duas décadas de crescimento robusto não só do Produto Interno Bruto (PIB), mas também do investimento estrangeiro direto, há ainda muito interesse dos demais países em fazer negócios na região.

Houve uma melhora visível na estabilidade econômica e há uma promessa de crescimento em novos mercados – com isso, talento e mercado consumidor continuarão a atrair investidores dos setores público e privado de todo o globo. Com novos acordos multilaterais, como a Aliança do Pacífico, que semeia oportunidades em diversos segmentos da indústria, o potencial de médio e longo prazo para a região só tende a crescer.

No entanto, há muito a ser feito em diversas áreas. Para alcançar o crescimento sustentável, é necessário infraestrutura suficiente para conectar os países do continente com as oportunidades que existem.

A origem das oportunidades difere de país para país, e requer mudanças que oscilam desde reformas em setores chave ao desenvolvimento de fontes de recursos naturais. Contudo, o atual estado da infraestrutura só permite crescimento de longo prazo, enquanto o objetivo deveria ser um período mais longo de prosperidade.

Muitos países da América Latina progrediram na modernização de sua infraestrutura. No entanto, como um todo, a região ainda está posicionada atrás de muitas outras partes do mundo quando o assunto é investimento em segmentos vitais, como saneamento básico, telecomunicações, transporte e energia.

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Enquanto os últimos relatórios do Fórum Econômico Mundial mostram que o ambiente de investimentos para parcerias público-privadas melhorou nos últimos anos, solucionar o atraso em infraestrutura vai requerer investimentos da ordem de 5% do PIB, enquanto a média atual é de 2 a 3%. Um salto deste tamanho será perceptível, mas precisamos considerar o que está em jogo: a competitividade dos países latino-americanos no longo prazo.

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Os mercados, hoje, são movidos a inovação. E o ritmo de negócios nunca foi tão veloz. Como novos produtos e serviços não param de aparecer, o elemento de acesso dos consumidores a essas oportunidades vai determinar onde as empresas deverão investir seus recursos. Se a América Latina ainda está tentando alcançar os países desenvolvidos na questão da infraestrutura, ao construir portos, aeroportos e estradas, é provável que perca oportunidades que a ajudem a atingir o crescimento sustentável.

Líderes na América Latina – dos setores público e privado, além da academia – precisam desafiar as perspectivas atuais e se envolver no contexto regulatório que atualmente afeta os investimentos dos países em infraestrutura.

O crescimento desse setor continua sendo considerado um fator crítico para viabilizar crescimento econômico, tanto no aspecto local quanto no global, levando em conta os acordos comerciais recentemente firmados. Para construir pontes metafóricas e literais que possam conectar as economias da região e abrir espaço para crescimento de longo prazo, um compromisso regional precisa ser feito agora para permitir que a infraestrutura necessária seja implementada e estimule o crescimento.

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*Eduardo Leite é presidente do comitê executivo do Baker & Mackenzie e co-anfitrião do Fórum Econômico Mundial na América Latina​

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