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Comitê de monitoramento do setor elétrico eleva risco de apagão em 2015

Perspectivas abaixo do normal para chuvas durante o verão embasam a análise do CMSE

Por Da Redação
5 nov 2014, 18h46

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) elevou para 5% o risco de déficit de energia em 2015 no Sudeste e Centro-Oeste do país, atingindo assim o risco máximo tolerável no sistema. No mês passado, o CMSE estimava esse risco em 4,7%. Para 2014, o CMSE manteve a perspectiva de que o risco de déficit é zero. O Comitê é formado por técnicos do governo e de universidades, é vinculado ao Ministério de Minas e Energia, e observa a situação do sistema elétrico no Brasil.

Segundo o coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica (Gesel) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde de Castro, o aumento do risco significa que, para novembro, a expectativa é de que as chuvas que deveriam abastecer represas de hidrelétricas vão ficar abaixo da média histórica. “Se a previsão de chuva estivesse acima (da média histórica), o risco se reduziria”, disse.

Castro disse que, na prática, o setor continua dependendo das chuvas. Se elas não vierem, o risco tende a subir. “A coisa mais imprevisível do setor elétrico é a chuva. Tem modelagens computacionais que tentam simular isso, mas pode chover em um dia toda a chuva do mês e em um mês não chover a água de um dia”, disse.

A avaliação do Comitê foi divulgada no mesmo dia em que o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem afirmando que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) já conta com a possibilidade de apagão entre janeiro e fevereiro do ano que vem. Contudo, em nota, o órgão nega a avaliação. “O conteúdo da matéria é alarmista e não corresponde à realidade dos resultados dos estudos do Programa Mensal de Operação do mês de novembro”, informou o ONS por meio de nota à imprensa.

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O ONS, de acordo com a reportagem, teria afirmado durante uma reunião do Programa Mensal de Operação (PMO) que o fornecimento de energia seria interrompido durante a madrugada nos principais centros urbanos do Sudeste para “manter os reservatórios em níveis seguros e evitar apagões em horários de pico”. O corte seletivo dependeria de o volume de chuvas ser suficiente ou não para elevar o nível dos reservatórios de 18,27% para 30%.

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O ONS ressaltou que as informações sobre a suspensão do fornecimento de energia nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Belo Horizonte e sobre o aumento do nível dos reservatórios não são verídicas e não possuem fundamentos técnicos. “O atendimento à ponta de carga nos meses do verão, quando se espera uma elevação natural da carga em função das altas temperaturas, está sendo analisado mês a mês, nos estudos de planejamento da operação de curto prazo, conforme vão sendo atualizadas as previsões de afluências a esses reservatórios, à medida em que se configura o início do período úmido.”

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