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Por um 2011 sem dívidas

Como aproveitar o início do ano para regularizar a situação financeira, reduzir o endividamento e, quem sabe, sair do vermelho

Por Ana Clara Costa
5 jan 2011, 07h06

Utilizar o 13º para saldar dívidas, e não fazer novas compras, é o primeiro passo para sanar as contas

O ano passado foi marcante para a economia do país. Forte crescimento do PIB, crédito abundante, parcelamento mais longo, diversas novidades surgindo nas prateleiras, muitos importados e aquela incontrolável vontade de gastar. O problema é que, de prestação em prestação que “cabe no bolso”, as dívidas se acumulam e podem comprometer o orçamento. O risco pode ser bastante minimizado com o auxílio do 13º salário em dezembro, mas um número expressivo de pessoas aproveitam o complemento de renda para gastar com presentes de Natal, viagens, etc. A conseqüência é que, em alguns casos, o endividamento, em vez de diminuir, aumenta ainda mais. No primeiro bimestre, vêm as despesas típicas do período, como o IPVA, material escolar e matrícula. Está dada a receita para um ‘ano novo’ de difícil administração das contas domésticas. Por isso, os especialistas são unânimes em afirmar: inicie o ano sem dívidas. Se já começou, nunca é tarde para eliminá-las o quanto antes.

Atingir o objetivo de adentrar janeiro sem faturas pesadas no cartão de crédito é um desafio, mas não é algo impossível. O ponto de partida é o uso adequado do 13º salário. O correto é utilizar o dinheiro para saldar qualquer pendência financeira que atrapalhe o orçamento – ou pelo menos, aliviar parcelas muito pesadas, como de automóveis ou imóveis. “Para isso, é preciso criar a cultura do orçamento familiar”, afirma o professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fábio Gallo, referindo-se à tabela de gastos e despesas que as famílias são aconselhadas a fazer para não sucumbir ao endividamento. “O ideal mesmo é não fazer dívidas em hipótese alguma. A única dívida compreensível é a da casa própria. Todo o restante, em geral, pode ser evitado”, afirma o professor de Finanças da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), Keyler Carvalho.

Juros menores – Caso o endividamento já tenha ocorrido, a melhor saída é tentar reduzir seu custo, buscando taxas de juros menores. Em outras palavras, fuja das taxas do cheque especial e do crédito rotativo do cartão de crédito – as mais altas do mercado, superiores a 150% ao ano. A indicação dos especialistas é substituir a dívida por um empréstimo mais barato, como o crédito pessoal (CDC) ou o crédito consignado, cujas taxas anuais estão em torno de 40%. “O consumidor acaba prolongando a dívida, mas paga juros menores”, afirma Carvalho.

Sacar o dinheiro poupado para saldar dívidas também é uma alternativa, tendo em vista que os juros do crédito superam o rendimento de qualquer aplicação de renda fixa. No caso da caderneta de poupança, o consumidor acaba perdendo a rentabilidade do mês em que efetua o saque, mas não arca com nenhuma taxa ao retirar o dinheiro. Já no caso da previdência privada, cujo horizonte de investimento é de longo prazo, a retirada pode ser dolorosa. Isso ocorre porque, dependendo do tempo em que o dinheiro está aplicado, saques prematuros acabam sendo submetidos à mordida do leão. Se o sistema de tributação escolhido para o plano for o regressivo, o poupador pode pagar até 35% de Imposto de Renda, caso faça o saque com muita antecedência.

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