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Coca-Cola veta comerciais direcionados para crianças

A empresa líder na produção de refrigerantes decidiu seguir o que prevê o projeto de lei criado em 2001, que tenta proibir a publicidade voltada para o público infantil

Por Jéssica Otoboni
14 Maio 2013, 07h32

A Coca-Cola decidiu mudar completamente suas campanhas publicitárias. A partir de agora, os comerciais não serão mais direcionados para crianças menores de 12 anos. A empresa, líder na produção de refrigerantes, anunciou que a decisão é parte de uma luta contra a obesidade e que a medida será implantada em 200 países, incluindo o Brasil.

Dentre as novas diretrizes da empresa, além da adoção da estratégia publicitária, estão também a apresentação das informações nutricionais na frente de suas embalagens, a busca por eliminar as calorias das bebidas e a promoção de um estilo de vida mais saudável. “A obesidade é hoje a ameaça de saúde mais desafiadora entre as famílias de todo o mundo. Estamos comprometidos em trabalhar de uma forma cada vez mais próxima com os nossos parceiros de negócios, governantes e da sociedade para fazer parte da solução”, diz a presidente da Coca-Cola, Muhtar Kent, em comunicado à imprensa.

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Debate – Apesar de o discurso ser bonito, a decisão de mudar sua estratégia de comunicação com o público, segundo Leonardo Uchoa, diretor operacional da Agência Lego, empresa carioca especializada em branding, criação e design, não passa de um meio de segurar seus consumidores. Num mundo em que até as empresas de fast food, que tradicionalmente não se importavam com a quantidade de calorias em seus produtos, começam a dar opções mais saudáveis a seus clientes para não perdê-los, a Coca-Cola também tenta não perder a receita ao atual estilo de vida mais saudável da população mundial.

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De acordo com o presidente da Associação dos Profissionais de Propaganda (APP), Ênio Vergeiro, a decisão da Coca-Cola também tem o intuito de dissociar o nome da companhia com a questão da obesidade. Contudo, para ele, o projeto de lei ao qual a Coca-Cola aderiu “vai contra a liberdade de expressão comercial” e se assemelha à proibição de comerciais de cerveja com mulheres. “Se for aprovado, vai demorar para dar certo”, acredita.

O Instituto Alana, organização que trabalha em prol do direito das crianças, parabenizou a decisão da empresa de bebidas e espera que a iniciativa possa servir de exemplos a outras começarem a seguir o que propõe o projeto de lei 5.921. Criado em 2001 pelo deputado Luiz Carlos Hauly, ele classifica como abusiva a publicidade que induza o público infantil a consumir determinado produto, ou que ainda estimule o ato de modo excessivo. O instituto ressalta, ainda, a importância da medida na defesa dos direitos das crianças, inclusive nas relações de consumo.

Leia ainda: Coca-Cola vai abordar problema da obesidade em propagandas

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