Carrefour planeja aumentar investimentos no mundo
Segunda maior rede varejista global tem plano estratégico para defender posições no Brasil, na China e na Europa
O Carrefour afirmou nesta quinta-feira que aumentará o investimento neste ano, com o objetivo de renovar o grupo, maior varejista europeu, após vender uma série de ativos para cortar dívidas.
A rede varejista francesa investirá de 2,2 bilhões a 2,3 bilhões de euros neste ano, ante 1,5 bilhão em 2012 e acima da expectativa de analistas, de 1,955 bilhão.
Segunda maior varejista do mundo, atrás do Wal-Mart, o Carrefour registrou em 2012 uma queda no lucro inferior ao que previam os analistas, já que a força dos negócios na América Latina ajudou a amortecer a queda na demanda na Espanha e Itália, países afetados por políticas de austeridade.
O novo presidente-executivo, George Plassat, afirmou nesta quinta-feira que a rede não planeja listar ações da unidade Atacadão ou fazer qualquer outra abertura de capital no Brasil.
Como parte da estratégia para levantar dinheiro e defender posições na Europa Ocidental, China e Brasil, o Carrefour deixou algunas países e conseguiu 2,8 bilhões de euros em 2012 vendendo unidades na Indonésia, Colômba e Malásia.
O Carrefour ainda luta para solucionar a baixa performance na Europa, onde os hipermercados têm sido afetados pela competição com lojas especializadas e pela tendência de comércios local e online.
Leia também:
Carrefour suspende vendas on-line no Brasil
Presidente do Carrefour diz que recuperação levará 3 anos
Resultado – O Carrefour informou que obteve um lucro líquido de 1,233 bilhão de euros em 2012, ante 371 milhões de euros em 2011. O resultado representa alta de 232,3%. Esse dado é o atribuído ao controlador, excluindo a participação dos acionistas minoritários. O lucro total, que inclui a parte dos minoritários, subiu para 1,316 bilhão de euros, antes os 404 milhões de euros registrados em 2011, neste mesmo critério.
Apostas – O Carrefour informou que pretende continuar a expandir suas operações na América Latina e na Ásia. Além disso, a empresa disse que deseja fortalecer suas operações no Brasil, na Argentina e na França. Em 2012, as vendas na América Latina cresceram 12,1% em câmbio constante e 4,6% sob o câmbio atual para 14,174 bilhões de euros. As vendas foram sustentadas por sólidos desempenhos no Brasil e na Argentina. O resultado operacional recorrente na região aumentou 14,2%, para 608 milhões de euros.
(Com agência Reuters)