Brasileiro candidato à OMC aposta no multilateralismo
Roberto Azevêdo ocupa desde 2008 o posto de embaixador brasileiro junto à organização. Vencedor da disputa será definido em 31 de maio
O Itamaraty organizou uma entrevista coletiva para apresentar oficialmente o candidato brasileiro à diretoria-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Roberto Azevêdo afirmou que sua candidatura é fruto de decisão da presidente Dilma Rousseff.
As declarações dadas por Azevêdo enfatizaram a busca pelo multilateralismo no organismo que regula o comércio internacional. “É fundamental que o futuro diretor-geral da OMC possa transitar entre os vários grupos de países, sem impor posições”, disse ele.
O candidato lembrou ainda que o comando da OMC nunca foi ocupado por alguém oriundo da América Latina ou da África. “A alternância na origem dos diretores-gerais da OMC é importante para aumentar a credibilidade da organização”, afirmou.
O mandato do francês Pascal Lamy à frente da OMC se encerra neste ano e o processo de eleição se encerrará em 31 de maio. O novo diretor ficará no cargo por quatro anos. Roberto Azevêdo ocupa, desde 2008, o posto de embaixador brasileiro junto ao órgão.
O Brasil tem colecionado derrotas em disputas por organismos internacionais. No pleito que Lamy assumiu o posto, o candidato brasileiro, Luiz Felipe Seixas Corrêa, foi eliminado já na primeira etapa. Desta vez, entretanto, a aposta é de que o vitorioso virá de um país em desenvolvimento, o que anima o Itamaraty. Azevêdo terá oito concorrentes.