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BIS cede e afrouxa regras para bancos

Representantes dos BCs de todo o mundo anunciaram o que as instituições financeiras tanto pediam: adiamento na implantação de Basileia 3

Por Da Redação
7 jan 2013, 08h39

Os bancos saíram vencedores de uma briga que cresceu nos últimos meses. Após inúmeras reclamações e em meio à crise financeira que se arrasta, os bancos centrais cederam ao afrouxar parte de um pacote de regras mais rígidas conhecido como Basileia 3. Pela decisão tomada neste domingo, será reduzida a obrigação das instituições financeiras de ter caixa para pagar credores e clientes nas operações de curto prazo.

Reunidos neste domingo, representantes dos BCs de todo o mundo – que formam o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) – anunciaram o que as instituições financeiras tanto pediam: adiamento na implantação de Basileia 3. Nesta reunião, o grupo afrouxou regras já anunciadas e que deveriam começar a valer em 1.º de janeiro de 2015.

Etapas – O afrouxamento acontecerá em três frentes. Na primeira, bancos terão quatro anos adicionais para cumprir o chamado “requerimento mínimo de liquidez de 30 dias”, o LCR em inglês. Esse novo mecanismo obriga o sistema financeiro a ter em caixa ativos de alta liquidez para resistir a um cenário de estresse agudo de até um mês. Ou seja, dinheiro fácil para pagar todos os compromissos – de clientes e credores – por 30 dias.

Pela regra antiga, bancos teriam de ter o equivalente a 100% desses compromissos em 2015. Neste domingo, porém, ficou decidido que a regra será adotada gradualmente: o caixa precisará cobrir apenas 60% do montante em 2015 e chegará aos originais 100% só em 2019.

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Além disso, cresceu a lista de ativos considerados de “alta liquidez” para pagar clientes e credores. A partir de agora, o investimento dos bancos em algumas ações e títulos de dívida corporativa poderá ser usado. Em outras palavras, será mais fácil alcançar o montante exigido pelo BC.

Houve, ainda, uma mudança na estimativa de quanto os bancos precisarão desembolsar nos próximos 30 dias. Pela nova regra, foi reduzida a previsão de quanto dinheiro sairá, por exemplo, das contas correntes de pessoas físicas e empresas. Ou seja, a projeção dos compromissos à frente também foi aliviada. Portanto, o BIS afrouxou Basileia 3 em três frentes: 1) menor cobertura das dívidas; 2) ampliação da lista de ativos que podem ser usados para pagar esses compromissos; e 3) expectativa de que os débitos futuros serão menores.

(com Estadão Conteúdo)

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