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Para BC, crescimento do país está abaixo do seu potencial

Para o banco, a demanda doméstica e a expansão moderada do crédito têm sido os responsáveis pela sustentação da atividade

Por Da Redação
19 jul 2012, 11h01

O Banco Central (BC) usou os fracos números do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2012 para reafirmar que a economia brasileira segue em ritmo abaixo de seu potencial. “A taxa de crescimento acumulada em quatro trimestres recuou para 1,9%, ratificando a visão de que a economia tem crescido abaixo do seu potencial”, cita a ata da reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na manhã desta quinta-feira.

Ao analisar os números das contas nacionais, o BC avalia que “em suma, a demanda doméstica, impulsionada pela expansão moderada do crédito, bem como pelo crescimento do emprego e da renda, tem sido o principal fator de sustentação da atividade”.

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Superávit primário – O BC trabalha com a hipótese de que o setor público consolidado deve entregar superávit primário – economia para pagamento de juros da dívida pública – equivalente a 3,1% do PIB nos próximos dois anos. Na ata da reunião de julho do Copom, os diretores do BC afirmam que a casa trabalha com a expectativa de que o governo realizará essa economia de forma integral este ano, sem ajuste.

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Para 2013, o BC cita que prevê superávit primário de 155,9 bilhões de reais ou cerca de 3,10% do PIB. Para 2014, a hipótese de trabalho aponta para primário de 3,10% do PIB, sem ajustes.

“O Copom observa que o cenário central para a inflação leva em conta a materialização das trajetórias com as quais trabalha para as variáveis fiscais. Importa destacar que a geração de superávits primários compatíveis com as hipóteses de trabalho contempladas nas projeções de inflação, além de contribuir para arrefecer o descompasso entre as taxas de crescimento da demanda e da oferta, solidificará a tendência de redução da razão dívida pública sobre produto e a percepção positiva sobre o ambiente macroeconômico no médio e no longo prazo”, defende o documento.

Inflação – O Copom retirou da ata a avaliação de que a moderação dos preços no atacado podem ajudar na dinâmica dos índices de inflação. Em maio, o BC dizia que a melhora no sentimento com relação à inflação futura era “potencializada pela moderação observada nos últimos trimestres na dinâmica dos preços ao produtor”. No documento divulgado nesta manhã, o trecho foi retirado.

No parágrafo 25 da ata, os diretores do BC afirmam apenas que “a inflação acumulada em 12 meses, que começou a recuar no último trimestre do ano passado, tende a seguir em declínio e, assim, a se deslocar na direção da trajetória de metas”.

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“O Comitê avalia que a inversão na tendência da inflação contribuirá para melhorar as expectativas dos agentes econômicos, em especial as dos formadores de preços, sobre a dinâmica da inflação neste e nos próximos trimestres”, cita o documento, ao repetir, nesse caso, avaliação feita em maio.

Atividade doméstica – O BC manteve uma avaliação positiva sobre as perspectivas para a atividade econômica no Brasil. Na ata, os diretores afirmam que “embora a expansão da demanda doméstica também tenha moderado, são favoráveis as perspectivas para a atividade econômica neste e nos próximos semestres, com alguma assimetria entre os diversos setores”.

A avaliação, segundo o BC, encontra suporte “em sinais que apontam expansão moderada da oferta de crédito tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas e no fato de a confiança de consumidores e, em menor escala, de empresários se encontrarem em níveis elevados”.

Além do crédito e do otimismo de consumidores e empresários, o BC nota que a demanda também será influenciada positivamente pelas transferências públicas, como os programas sociais, e pelo mercado de trabalho “que se reflete em taxas de desemprego historicamente baixas e em crescimento dos salários”.

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(Com Agência Estado)

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