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Bancos públicos vão socorrer indústria oferecendo crédito mais barato

Caixa e Banco do Brasil devem criar linhas de crédito com "condições especiais" para dar fôlego à cadeia produtiva; o primeiro da lista é o setor automotivo

Por Da Redação
18 ago 2015, 18h06

O governo orientou os bancos públicos a criar alternativas para impedir o aprofundamento da crise na indústria. A saída encontrada pelo Planalto é liberar financiamentos a juros mais baixos e prazos mais longos para socorrer as empresas. A estratégia foi revelada nesta terça-feira pela presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, ao assinar o acordo de empréstimos com “condições especiais” às companhias da cadeia do setor automotivo.

Segundo ela, Caixa e Banco do Brasil vão criar novas linhas para outros setores, seguindo a orientação da presidente Dilma Rousseff de dar condições para estimular a produção no momento de crise, desde que as empresas se comprometam a não demitir. Serão criadas linhas de capital de giro e investimento para os seguintes setores, além do automotivo: alimentos, papel e celulose, química, fármacos, eletroeletrônicos, energia elétrica, telecomunicações, petróleo e gás.

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“Os bancos públicos estão trabalhando para dar melhores condições para todas as cadeias produtivas. Vamos reproduzir o modelo do setor automotivo com outros setores. Queremos dar um pouco mais de tranquilidade para este momento de travessia pelo qual o país passa”, disse Miriam.

De acordo com Miriam, as linhas de capital de giro para o setor da construção civil estão “um pouquinho mais adiantadas” devido às discussões para o lançamento da terceira etapa do Minha Casa Minha Vida. A presidente da Caixa disse que se reuniria nesta terça-feira com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para discutir o tema. Também está agendado um encontro com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Miriam disse que a orientação foi dada pela presidente Dilma Rousseff e o grupo de trabalho que discute as novas linhas é formado por representantes de diversos ministérios, incluindo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Ao ser questionada se Levy concordou com liberação de crédito nesse cenário de juros e inflação elevados, Miriam disse que não houve objeção por parte dele.

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Setor automotivo – Segundo Miriam Belchior, o banco liberará em torno de 5 bilhões de reais até o fim de 2015, em “condições especiais”, às 591 empresas do setor automotivo. A fonte de recursos é própria do banco, do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

O convênio entre o banco estatal e a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) foi assinado nesta terça-feira, em evento no edifício-sede da Caixa, em Brasília.

Uma das novas linhas permite antecipação de contratos firmados entre o fornecedor e a montadora. O fornecedor pode suprir a necessidade de capital de giro, antecipando os recebíveis. Como tem como garantia o contrato que já firmou com as montadores, os juros são mais baixos. De acordo com o banco, a taxa inicial é de 1,41% ao mês e o prazo varia de acordo com o contrato.

Outro produto disponível aos fornecedores é uma linha para capital de giro com taxas de juros de 0,83% ao mês para as empresas que se comprometerem a se “esforçar” para demitir o menor número de funcionários neste momento de crise. Essa linha serve para as empresas conseguiram cumprir as despesas típicas dos últimos meses do ano, como o pagamento do 13º salário de empregos. O prazo de pagamento é de sessenta meses. A Caixa não tem como obrigar as empresas a não dispensarem os funcionários, mas vai condicionar a taxa mais baixa ao “esforço” para que mantenham as vagas.

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(Com Estadão Conteúdo)

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