Audi produzirá A3 Sedan no Brasil — com conteúdo nacional
Segundo presidente da marca, o investimento no país será de 500 milhões de reais até 2015, motivado pelo crescimento da renda
A fabricação do A3 Sedan da Audi no Brasil terá início no segundo semestre de 2015 e a do Q3, em meados de 2016. “Investiremos fortemente no país”, diz o presidente mundial da montadora alemã, Rupert Stadler. O executivo, que anunciou nesta terça investimentos de 500 milhões de reais em fábrica no Paraná, considera que a classe média brasileira está crescendo rapidamente e que o país passou por um milagre econômico nos últimos anos.
A Audi vai investir até 2015 para iniciar a produção dos modelos Q3 e A3 Sedan na cidade de São José dos Pinhais. Ele afirma, ainda, que no ano que vem, pela primeira vez, a companhia produzirá mais veículos fora da Alemanha do que no país-sede da marca. A meta de vender 2 milhões de unidades por ano no mundo até 2020 está ligada a um crescimento em torno de 30%.
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Em trecho do discurso que justifica o investimento no Brasil, Stadler diz que a Alemanha é prioridade na lista dos parceiros de negócios brasileiros. “Nós, da Audi, vemos que os produtos da Alemanha são muito populares aqui no Brasil. E estamos percebendo como a classe média está crescendo rapidamente”. Segundo ele, o desejo de adquirir produtos premium aumentará. “Nosso objetivo de longo prazo no Brasil é atingir a liderança no segmento de automóveis premium”.
Vendas globais – A Audi ultrapassou neste ano, pela primeira vez, a marca de 1 milhão de veículos vendidos, informou a companhia. De janeiro a agosto de 2013, vendeu 1,03 milhão de carros no mundo, o que representa um aumento anual de 7,2%. Em agosto, a empresa entregou 118.650 produtos. Na Europa, entretanto, a companhia apontou que “a situação econômica desafiadora se refletiu nos números de venda”. Em 2013, as vendas caíram 3,4% no continente, o que representa 46.100 unidades.
Conteúdo nacional – Segundo o jornal ‘Valor Econômico’, o vice-presidente mundial de compras da Audi AG, Bernd Martens, disse que o plano da montadora é ter uma taxa de conteúdo nacional de 30% a 35% na produção dos veículos. Também será oferecido um motor flex para os modelos A3 e Q3. Martens acredita que vai conseguir motivar os fornecedores locais a investir para atender às exigências de qualidade da montadora.
Segundo o executivo – que tem conhecimento do mercado de autopeças do Brasil em função de experiência anterior na própria Audi e na Volkswagen -, a empresa atuará com um time próprio e também trará um grupo de especialistas de fora para trabalhar na seleção e capacitação de fornecedores. “Queremos a mesma qualidade”, disse, apontando que o carro fabricado aqui será idêntico ao feito na Alemanha. Apesar de todo esse esforço para desenvolver fornecedores locais, Martens disse que nada impede que ele traga fabricantes de fora para atender às necessidades da linha de montagem, mas acredita que isso não será necessário.
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(com Estadão Conteúdo)