Argentina negocia crédito do BNDES para investir em infraestrutura
Em visita ao Brasil, ministro da Fazenda argentino, Alfonso Prat-Gay, discutiu também temas para o encontro de ministros da Economia do G20, marcado para o fim do mês
O ministro de Fazenda e Finanças da Argentina, Alfonso Prat-Gay, visitou o Brasil nesta quinta-feira para negociar a liberação de crédito para infraestrutura e também uma postura comum de ambos os países para a próxima cúpula do G20.
“Temos uma lista de projetos pré-aprovada com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e a intenção é que comece a ser liberada”, disse Prat-Gay em breve declaração a jornalistas.
De acordo com o ministro, que discutiu o assunto com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o primeiro projeto nessa lista se refere ao soterramento da ferrovia Sarmiento, obra que desde 2006 foi paralisada várias vezes por diversos motivos. Sem revelar valores, o político argentino afirmou que outros projetos serão executados nas províncias de La Pampa e Santiago del Estero.
Prat-Gay também se reuniu com o ministro da Fazenda do Brasil, Nelson Barbosa, com quem discutiu assuntos relativos à reunião que os ministros de Economia do G20 realizarão na cidade chinesa de Xangai nos dias 26 e 27 de fevereiro. O encontro é preparatório para a cúpula do grupo, prevista para setembro.
O ministro argentino explicou que analisou com Barbosa uma possível postura comum no G20 em relação à necessidade de um sólido apoio financeiro para a área de infraestrutura e assuntos sociais, assim como o firme compromisso com uma maior transparência fiscal.
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Em outra reunião, Prat-Gay se encontrou com o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Mauro Vieira. Durante a visita de Prat-Gay, alguns dos integrantes de sua delegação se encontraram com diretores da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) do Brasil para analisar a situação atual do Mercosul.
Segundo disse a jornalistas o presidente da CNA, João Martins, a delegação argentina, liderada pelo secretário de Agricultura e Pecuária, Ricardo Negri, afirmou que é necessário ampliar as fronteiras comerciais do bloco. “É necessário estabelecer uma maior cooperação para recuperar o tempo perdido e conseguir uma maior inserção no mercado externo”, afirmou Martins.
(Com EFE)