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Após reunião “surpresa”, Obama ameaça vetar pacote republicano na Câmara

O presidente americano teve um encontro "não programa" com líderes da oposição neste domingo, mas negociação não avançou; ele tenta impedir que Câmara, de maioria republicana, aprove pacote próprio

Por Da Redação
18 jul 2011, 18h34

Dois dos principais líderes republicanos na Câmara dos Deputados reuniram-se neste domingo com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. O encontro não havia sido previamente divulgado. Segundo o blog “The Caucus” do jornal The New York Times, o porta-voz John A. Boehner e o líder da maioria na casa, Eric Cantor, sentaram-se primeiramente para discutir os pontos a serem apresentados a Obama. Contudo, mesmo entre os dois, não houve consenso. Quando se encontraram mais tarde com o presidente, tampouco conseguiram avançar. Após as reuniões, um assessor de Boehner comunicou que “as linhas de comunicação (entre republicanos e Casa Branca) mantinham-se abertas”, mas que não tinha sido fechado nenhum acordo, nem obtido progresso.

O endurecimento entre as partes ocorre numa semana particularmente difícil à medida que está cada vez mais próxima a data-limite (22 de julho) imposta pelo Poder Executivo para chegar num acordo sobre a política de redução do déficit americano no longo prazo – etapa necessária para que os parlamentares aprovem uma elevação do teto do endividamento do país, o que evitaria uma paralisação do governo federal.

Votação nesta terça-feira – A tensão entre a Casa Branca e a bancada que lhe faz oposição no Congresso aumentou neste final de semana com o anúncio da intenção da Câmara de votar nesta terça-feira, numa estratégia eminentemente política, um pacote ‘próprio’ de ajuste fiscal. O plano proposto pelos deputados republicanos visa o aumento do teto da dívida do país, a redução de gastos e a imposição de limites a despesas futuras.

A proposta elevaria o teto da dívida em 2,4 bilhões de dólares e cortaria os gastos em um montante equivalente, além de limitar gastos futuros a 18% do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. Desta forma, o aumento do teto da dívida seria ligado a uma aprovação do Congresso a uma emenda constitucional que exija um orçamento federal equilibrado. A expectativa é que o projeto seja aprovado, pois os republicanos são maioria na Câmara. Contudo, tem tudo para fracassar no Senado, que é controlado pelos democratas.

Veto – Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a Casa Branca informa que o presidente vetaria o plano proposto. “Em vez de buscar uma declaração política vazia e metas políticas irrealistas, é necessário nos mover além da política simples e encontrar um terreno comum bipartidário”, afirmou.

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Em entrevista na semana passada, Obama afirmou que não havia visto a proposta específica dos republicanos, mas considerou o movimento como meramente político. “Minha expectativa é de que provavelmente a Câmara votará algumas coisas apenas para fazer declarações políticas”, disse.

Apoio – Ainda nesta segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos deve receber seus concidadãos mais abastados: Bill Gates, fundador da Microsoft, e Warren Buffett, dono da poderosa holding Berkshire Hathaway. Os milionários – que ocupam as posições de número 2 e 3 no ranking da Forbes dos mais ricos do mundo – levarão ao conhecimento de Obama dados atualizados sobre sua campanha “The Giving Pledge“, que encoraja homens e mulheres muito ricos a doar parte de suas fortunas. Mais de 60 indivíduos e famílias americanas assinaram a petição, que já conta com mais de 100 bilhões de dólares em promessas de doação.

A reunião ocorre em um momento em que tamanha riqueza é alvo da proposta democrata de aumento da taxação. O partido de Obama vê nos impostos sobre grandes fortunas uma saída para aumentar a arrecadação e ajudar a resolver os problemas fiscais do país. Os republicanos são contra, pois acreditam que a medida poderia causar mais desemprego num momento em que o país ainda sofre para criar vagas.

(com Agência Estado)

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