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Após reformas, lucro do Banco do Vaticano despenca

Ganhos da instituição passaram de 86,6 milhões de euros em 2012 para 2,9 milhões de euros no ano passado, segundo a Santa Sé

Por Da Redação
8 jul 2014, 10h16

O lucro líquido do Banco do Vaticano despencou em 2013, ao passar de 86,6 milhões para 2,9 milhões de euros, em grande parte pelos altos custos do processo de reforma, anunciou a instituição em um comunicado. Apesar da redução no número de funcionários, as despesas do banco aumentaram de 23 milhões para 32 milhões de euros.

O Instituto para as Obras de Religião (IOR), nome oficial do banco comercial do Vaticano, atribuiu a queda do lucro em 2013 em parte a algumas operações ruins, como perdas contábeis de 15,1 milhões de euros, sem detalhar onde, exatamente, o dinheiro foi gasto.

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Coincidentemente, o cardeal italiano Tarcisio Bertone, secretário de Estado de Bento XVI, foi criticado pela imprensa por ter favorecido uma arriscada operação em benefício de um amigo, produtor de televisão católico, justamente no valor de 15 milhões de euros.

Mudanças – Outra novidade no IOR é que todas as contas de clientes serão controladas a partir de agora, segundo o comunicado. Apenas serão autorizados a ter contas no IOR as instituições católicas, os membros do clero, os funcionários ou ex-funcionários do Vaticano (para salários e aposentadorias), as embaixadas e diplomatas credenciados na Santa Sé. Segundo o comunicado, três mil contas foram encerradas e duas mil foram bloqueadas pela instituição.

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Em 31 de dezembro de 2013, o Banco do Vaticano tinha 17.419 contas, contra 18.900 no ano anterior. Destas, 5.043 eram contas de instituições católicas, responsáveis por 80% dos recursos do banco, e 12.376 contas individuais. Além disso, com o início da “fase II” da reforma, a instituição confirma a chegada de uma nova equipe de direção, que vai trabalhar com uma nova estrutura de comando.

O alemão Ernst von Freyberg, nomeado por Bento XVI pouco antes de sua renúncia, deve deixar o cargo. Segundo a imprensa francesa, o favorito para o cargo é o francês Jean-Baptiste de Franssu, que dirige uma consultoria de fusões e aquisições, e colabora sem receber nada na reforma econômica do Vaticano, iniciada há um ano.

A reforma da controversa gestão das finanças do Vaticano é um dos maiores desafios para o papa Francisco, que prometeu após sua eleição, em março de 2013, colocar ordem o IOR, com controles mais rígidos na instituição conhecida pelo envolvimento em vários escândalos de lavagem de dinheiro.

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(Com agência France-Presse)

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