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Apesar de expor dúvidas, FED se apega a compra de ativos

Forte aumento do balanço patrimonial – efeito das respostas à crise financeira de 2007-2009 – preocupa alguns membros da autoridade monetária

Por Da Redação
3 jan 2013, 20h41

Autoridades do banco central americano (Federal Reserve, o Fed) estão cada vez mais preocupadas com os riscos potenciais das compras de ativos de seu programa de estímulo, mas parecem prontas, ao menos por enquanto, a dar continuidade a ele.

A ata da reunião de dezembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mostrou crescente reticência em relação ao aumento adicional do balanço patrimonial de 2,9 trilhões de dólares do banco, que se expandiu fortemente em resposta à crise financeira e à recessão de 2007-2009. “Vários (membros do Fomc) acharam que seria provavelmente apropriado reduzir ou interromper a compra de ativos bem antes do fim de 2013, citando preocupações com a estabilidade financeira ou o tamanho do balanço do banco”, afirmou a ata.

Wall Street sentiu o impacto do teor do documento, com as ações ampliando perdas após sua divulgação, enquanto o dólar estendeu seus ganhos frente ao euro.

“A ata da reunião de dezembro do Fed revelou um nível surpreendente de preocupação entre as autoridades do banco central sobre o impacto de longo prazo do programa de compra de ativos, ou ‘quantitative easing’“, disse o analista-chefe de mercado da Commonwealth Foreign Exchange, em Washington, Omer Esiner.

Ainda assim, provavelmente o Fed continuará a comprar ativos em um futuro próximo, tendo em vista que anunciou em dezembro a extensão de suas aquisições mensais de 40 bilhões de dólares em títulos hipotecários e 45 bilhões de dólares em títulos do Tesouro norte-americano.

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Poucos membros do Fomc acharam que a compra de ativos deveria ser garantida até por volta do fim de 2013. Outros poucos reforçaram a necessidade de um estímulo adicional em larga escala, mas não especificaram tamanho ou prazo. Eles concordaram, em geral, que as perspectivas do mercado de trabalho não devem melhorar sem um impulso das autoridade monetária.

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Índices econômicos – A economia norte-americana cresceu respeitáveis 3,1% no terceiro trimestre em base anualizada, mas a expansão deve ter perdido força drasticamente, para pouco acima de 1%, nos últimos três meses do ano.

Dados divulgados nesta quinta-feira mostraram um ganho sólido de 215 mil novos postos de trabalho no setor privado em dezembro, enquanto analistas estimam aumento de 150 mil postos nos dados oficiais do Departamento do Trabalho a serem divulgados nesta sexta-feira.

No encontro de dezembro, o Fed também lançou um novo modelo de referências numéricas que supostamente deve dar aos mercados uma ideia mais clara de como as autoridades reagirão a indicadores econômicos. Os membros do Fomc dizem que manterão as taxas de juros perto de zero até o desemprego cair para 6,5% e enquanto as estimativas de médio prazo para a inflação não ultrapassarem 2,5%. A ata sugeriu que as autoridades levaram algum tempo para construir um consenso sobre a ideia.

A taxa de desemprego dos EUA caiu de forma constante depois de atingir um pico de 10% no final de 2009, mas permanece elevada em 7,7%. Autoridades do Fed ainda citaram preocupações sobre o “abismo fiscal”, conjunto de aumentos de impostos e cortes de gastos automáticos que foi parcialmente evitado com um acordo político no início desta semana.

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(com Reuters)

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