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Wine surfa no aumento do consumo de vinho apesar da crise nos e-commerces

Clube de assinatura ganha tração após compra da Cantu e mira crescimento por meio de lojas físicas, além de ampliar sua atuação no mercado internacional

Por Felipe Mendes Atualizado em 19 ago 2022, 17h12 - Publicado em 19 ago 2022, 15h38

O chamado “novo normal” após um período de enclausuramento do consumidor em tempos de Covid-19 tem prejudicado a operação de diversos varejistas calcados no comércio eletrônico. Com os números de casos da enfermidade em queda, boa parte dos brasileiros voltou a dar preferência à compra em lojas físicas. Em meio a esse cenário desafiador, o clube de assinaturas de vinhos e destilados Wine se voltou ao varejo físico e conseguiu crescer, ganhando presença de mercado frente à concorrência. Já são 17 lojas espalhadas por quatro regiões do país, além da presença expressiva da atuação no canal multimarca, por meio da Cantu, companhia de importação de vinhos adquirida em 2021.

Segundo uma análise da Ideal Consulting, uma consultoria especializada no mercado de vinhos, a Wine ampliou a margem na liderança do segmento de vinhos importados, com 13,4% de presença de mercado, no segundo trimestre deste ano. Com o foco na expansão do canal multimarca, suportando a retomada de bares e restaurantes, o grupo alcançou uma receita líquida de 193,1 milhões de reais, avanço de 22% frente ao mesmo período do ano anterior. Apesar de ter visto sua geração de caixa crescer 108% no período, o lucro da empresa recuou para 3,8 milhões de reais, queda de 67% frente ao segundo trimestre do ano passado. Segundo a empresa, a baixa desse indicador se deve ao impacto da emissão de um título de dívidas (debênture) para o pagamento da compra da Cantu.

“Era uma situação já prevista e planejada por conta de um movimento que tivemos de fazer na aquisição da Cantu. Nós fizemos uma debênture, que é uma dívida que vamos carregar, e só começaremos a pagar no ano que vem, em um período de carência que vai até maio”, afirma o CEO da Wine, Marcelo D’Arienzo. “A gente também tinha uma dívida que, agora, no início do terceiro trimestre, foi convertida em ações. É algo que não aparecerá mais nos próximos balanços.”

A Wine está posicionada em um mercado que vem avançando no país, e ganhou um grande empurrão na pandemia. Segundo a consultoria britânica Wine Intelligence, em 2021, o consumo mensal de vinho em território brasileiro chegou a 36% da população adulta – se assemelhando aos números do mercado norte-americano e o dobro do que era consumido por aqui em 2010. Com o avanço da vacinação e o retorno de bares e restaurantes à rotina da população, a empresa se posicionou com a compra da importadora e quer retomar sua expansão no varejo físico.

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Atualmente, são 17 lojas, sendo a última inaugurada em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no início de agosto. O espaço conta com 570 rótulos e mais de 8.000 garrafas, em um aporte estimado em cerca de 300 mil reais. “A gente se organizou para atender os nossos parceiros diante da demanda que veio muito forte no primeiro semestre, mas agora queremos voltar a inaugurar um ponto físico por mês, sobretudo em 2023”, diz. Segundo ele, a expansão da rede de lojas físicas se dará sobretudo em regiões onde há, pelo menos, cerca de 5 mil assinantes de seu clube, uma forma de dar dinâmica também às entregas de pedidos feitos pelo e-commerce da marca. “Temos 40 cidades mapeadas e continuamos à procura de bons pontos”, reitera. A Wine terminou o primeiro semestre do ano com mais de 340 mil assinaturas, uma adição de 69 mil assinaturas nos últimos 12 meses.

Expansão internacional

Em 2022, a Wine expandiu as fronteiras e começou a operar no México, onde já conquistou cerca de 4 mil assinantes. A empresa pretende dobrar esta base em breve para que possa entrar numa segunda fase da operação no país. “A nossa ideia é ter um primeiro ano de aprendizado no México, para expandir a operação com outras vertentes do nosso ecossistema, aos poucos”, afirma o executivo. Para ele, a expansão internacional se dará em países que, assim como o mexicano, não são grandes cultivadores de vinho. Nesse sentido, abre-se às portas para Colômbia e Peru, mas se descarta a possibilidade de levar a operação para Argentina e Chile.

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