Warren Buffett está envolvido na fusão entre Burger King e Tim Hortons
Segundo fontes com familiaridade no assunto, investidor americano daria 25% do valor da aquisição da empresa canadense
O investidor norte-americano Warren Buffett está envolvido nas negociações do Burger King para a aquisição da rede canadense de café e rosquinhas Tim Hortons, afirmaram fontes com familiaridade no assunto. A expectativa é de que a Berkshire Hathaway invista aproximadamente 25% do total do negócio, segundo o jornal Wall Street Journal. O investimento deverá ser realizado com ações preferenciais, mas a participação exata de Buffet no acordo ainda permanece incerta.
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Burger King e Tim Hortons confirmaram nesta terça-feira que planejam uma fusão no valor de 11,5 bilhões de dólares para a criação do terceiro maior restaurante de fast food do mundo, com cerca de 23 bilhões de dólares em vendas. A ‘mão’ de Buffet no negócio aumenta mais as discussões sobre a política de taxação norte-americana. O negócio deve ser estruturado no modelo de transação de inversão de imposto, para transferir a sede do Burger King dos Estados Unidos para o Canadá. O objetivo é evitar impostos mais altos e poupar dinheiro em lucros no exterior e detido fora do país. As ações de do Burger King e da Tim Hortons chegaram a subir 20% na segunda-feira, após o anúncio das negociações.
Realocação – A possível transferência de uma marca norte-americana tão conhecida alimentou o debate sobre a chamada inversão fiscal, enquanto os parlamentares dos EUA discutem formas de evitar uma onda saídas de companhias do país.”Esse não é um acordo movido por questão fiscal. É fundamentalmente sobre o crescimento e a criação de valor por meio de uma expansão acelerada”, afirmou o presidente executivo do Burger King, Alex Behring, em uma teleconferência. Behring, que vai liderar a nova empresa também no cargo de presidente executivo, é parceiro da 3G Capital, o fundo de private equity brasileiro que controla o Burger King e terá cerca de 51% da nova companhia.
Embora a taxa de imposto do Canadá seja mais baixa do que a dos EUA, o executivo-chefe do Burger King, Daniel Schwartz lembrou que a empresa paga uma taxa combinada menor por causa de sua presença em muitos mercados internacionais. Segundo o exceutivo, como a unidade do Burger King da companhia resultante da união com a Tim Hortons será baseada em Miami, ela continuará pagando os mesmos impostos norte-americanos que antes. “Não esperamos que haja economias significativas de imposto ou mudanças fiscais significativas”, afirmou Schwartz, que também deve parmenecer no cargo de executivo-chefe.
(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)