Walmart vendia ‘algodão egípcio’ que era indiano – e é processado
Consumidores americanos moveram ação contra a rede varejista, que já ofereceu reembolso aos clientes
Consumidores americanos processaram o Walmart após constatarem que a maior varejista do mundo vendeu produtos rotulados erroneamente. Segundo a ação, o produtos eram classificados como “100% algodão egípcio”. O problema é que, de acordo com a denúncia, os fios não vieram do Egito, mas sim da Índia.
Segundo a queixa, o Walmart chegou a questionar o conteúdo do produto à fabricante Welspun India em 2008, mas esperou dois meses para interromper a venda das roupas de cama com etiquetas falsas.
Uma das consumidoras que processou a empresa, Dorothy Monahan, afirma que pagou um valor alto pelo produto pensando que a roupa de cama era de algodão egípcio e, portanto, de alta qualidade. Ela então acusou a rede varejista de violar as leis americanas sobre rotulagem de fibras têxteis e de publicidade e, agora, está buscando uma reparação a todos os clientes.
“Planejamos defender a empresa vigorosamente”, afirmou um porta-voz do Walmart. Ele também afirmou que a empresa retirou todos os produtos após fazer uma revisão de quase dois meses e, além disso, ofereceu um reembolso completo aos consumidores. Os advogados de Monahan não responderam as solicitações de entrevista.
O algodão egípcio é muito cobiçado por causa de suas fibras longas de algodão, que deixam o tecido mais fino, leve, macio e durável. Outros varejistas dos Estados Unidos, como Bed Bath & Beyond e J.C. Penney, também começaram a revisar os contratos com a Welspum após os problemas encontrados.
(Com Reuters)