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Votorantim afeta lucro do BB no 1º tri

Lucro líquido de 2,5 bi é inferior ao esperado pelo mercado. O crédito avança

Por Da Redação
3 Maio 2012, 16h48

Novas perdas com o Banco Votorantim e provisões maiores diante de perdas esperadas com calotes fizeram o Banco do Brasil reportar lucro abaixo do projetado pelo mercado no primeiro trimestre, mesmo com expansão maior do crédito. De janeiro a março, o maior banco da América Latina teve lucro líquido de 2,5 bilhões de reais, uma queda de 14,7 % na comparação anual e menor que os 2,7 bilhões de reais da média de 11 previsões obtidas pela agência Reuters.

A última linha acusou o aumento de 36% da despesa com provisões para perdas com inadimplência, a 3,576 bilhões de reais. O BB previu que essa reserva tende a ficar na faixa de 3,5 bilhões a 3,8 bilhões de reais por trimestre daqui até o final do ano.

O movimento refletiu principalmente a constituição de reserva 272% maior para o Banco Votorantim, a 794 milhões de reais. O banco, do qual o BB comprou 50% do capital em setembro de 2009, registrou um prejuízo de 597 milhões de reais no trimestre.

Além disso, o BB viu um leve avanço na inadimplência, medida pelo saldo de calotes com atraso de mais de 90 dias, de 2,1 para 2,2%, na comparação anual. “Esse número deve ficar estável nos próximos dois trimestres e passar a cair no final do ano”, disse a jornalistas o vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores, Ivan Monteiro, nesta quinta-feira.

A deterioração da carteira ofuscou o avanço de 19% da carteira de crédito ampliada da instituição em doze meses, acima da média dos concorrentes, a 473,1 bilhões de reais. O movimento foi puxado pela expansão das linhas direcionadas para empresas. Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil, que já divulgaram resultados do trimestre, também aumentaram as previsões para perdas em função de maior inadimplência que, nos três casos, variou de 4,1 a 5,1 % no período.

Os números do BB não incluem os efeitos dos agressivos cortes de juros implementados pelo BB no mês passado em várias linhas para empresas e para o varejo, em meio à ofensiva do governo para forçar a queda dos spreads bancários, que envolveu também a Caixa Econômica Federal.

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De acordo com o vice-presidente de negócios de varejo do BB, Alexandre Abreu, os desembolsos diários médios do banco desde o anúncio do programa cresceram 48%. “Se essa tendência permanecer, poderemos rever a estimativa de crescimento da carteira para o ano”, disse Abreu. A projeção atual do banco é de expansão de 17 a 21%.

Na sexta-feira, o BB vai anunciar novas medidas para facilitar o acesso a crédito. Segundo a Reuters apurou, o objetivo é estimular a portabilidade, ou seja, tentar fazer que pessoas que tenham financiamento em outros bancos transfiram o empréstimo para o BB, que oferecerá taxas menores.

Para semana que vem, a promessa é de cortes nas taxas de administração de alguns fundos de investimentos, seguindo o que já fez também a Caixa.

Às 16h27, a ação do BB na Bovespa tinha queda de 1,22 %, a 22,66 reais. No mesmo instante, o Ibovespa recuava 0,51%.

Índices – O BB teve uma rentabilidade sobre o patrimônio de 18,1%, uma queda de 6,8 pontos percentuais em um ano. O índice de eficiência sofreu uma piora de 4,3 pontos, para 45,2%. Também no ano a ano, o índice de Basileia do banco cresceu 0,2 ponto, para 14,3%.

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No fim de março, os ativos totais do BB somavam 1 trilhão de reais, tendo subido 16% em um ano.

(com agência Reuters)

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