Volkswagem dá férias coletivas em fábrica da kombi
Os 500 empregados da montadora que ficarão 30 dias parados trabalham na fábrica de São Bernardo do Campo
A Volkswagen anunciou férias coletivas de trinta dias para quinhentos funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Boa parte deles trabalhava na linha de montagem da Kombi, que deixou de ser produzida em 18 de dezembro.
O período de férias começou no dia 13, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Um porta-voz da entidade informou que estão sendo realizadas reuniões com a empresa para discutir o futuro desses trabalhadores, que podem ser realocados para outras áreas. Por enquanto, não há informações de demissões na fábrica.
A Kombi estava no mercado havia 56 anos e deixou de ser fabricada porque não tem estrutura para receber air bag e freios ABS, itens de segurança que passaram a ser obrigatórios em todos os veículos novos a partir de 1º de janeiro. Ainda há unidades da perua em algumas concessionárias, pois a lei permite a venda das unidades em estoque fabricadas no fim do ano passado.
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Às vésperas da suspensão da produção, dirigentes do sindicato e a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) tentaram adiar por mais dois anos a aplicação da norma. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a apoiar a medida, que acabou sendo vetada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Na ocasião, o Sindicato dos Metalúrgicos informou que o fim da produção da Kombi colocaria em risco cerca de 4 mil empregos, entre trabalhadores da Volkswagen e de empresas que produziam peças para a perua.
A fábrica da Volks no ABC emprega quase 13 mil funcionários. Ao longo de 2013, a empresa manteve um programa de demissão voluntária (PDV), direcionado principalmente aos aposentados, para evitar cortes diretos com o fim da kombi. A linha da van operava com cerca de mil trabalhadores. O sindicato ainda não divulgou quantas pessoas aderiram ao PDV.
Além da kombi, deixou de ser produzido em dezembro, pelo mesmo motivo, o compacto mille, da Fiat. Outros modelos mais antigos, como as versões mais baratas do celta, da General Motors, do fiesta Rocam, da Ford, e do clio, da Renault, passaram a sair de fábrica com air bag e ABS.
(com Estadão Conteúdo)