Por Clarissa Mangueira
Caracas – A estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) pretende cumprir o prazo final para financiar sua participação na joint venture de refino com a Petrobras, afirmou o ministro do Petróleo venezuelano, Rafael Ramirez. No início do dia, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que a PDVSA tem até agosto para pagar pela participação. O objetivo é que a Petrobras detenha participação de 60% na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que terá capacidade de produzir 230 mil de barris por dia. A PDVSA teria os 40% restantes.
Se a PDVSA abandonar o projeto, a Petrobras reservou recursos para o custo total da construção da refinaria: US$ 15 bilhões previstos em seu Plano de Negócios 2011-2015, disse Gabrielli. Sem a companhia venezuelana no empreendimento, a Petrobras será capaz de poupar algum dinheiro por não ter de instalar o equipamento especializado para processar petróleo pesado do campo venezuelano de Carabobo, na bacia de Orinoco.
Ramirez, que também é presidente da PDVSA, afirmou que prevê que os campos da bacia de Orinoco da companhia, que são em grande em parte inexplorados e estão entre as maiores reservas do mundo, produzirão 146 mil barris de petróleo por dia até o final de 2011.
A Venezuela precisa de cerca de US$ 80 bilhões em investimento para desenvolver o cinturão de petróleo pesado do Orinoco, afirmou o ministro. A Venezuela necessita que empresas estrangeiras invistam uma grande soma para extrair e converter o óleo pesado da região numa commodity exportável e utilizável. As informações são da Dow Jones.