O IBGE informou nesta quinta-feira (11) que o volume de vendas do comércio varejista avançou 0,5% em outubro na comparação com setembro, enquanto a média móvel trimestral registrou leve alta de 0,1%.

Na comparação anual, o setor também mostrou expansão. As vendas cresceram 1,1% ante outubro de 2024, acumulando alta de 1,5% no ano e de 1,7% nos últimos 12 meses. No varejo ampliado, que engloba veículos, motos e materiais de construção, houve crescimento de 1,1% no mês, com média móvel de 0,7%. Frente ao mesmo período do ano passado, porém, o segmento recuou 0,3%. O acumulado do ano também é negativo (-0,3%), enquanto o desempenho dos últimos 12 meses permanece estável.

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Entre os destaques positivos está o setor de móveis e eletrodomésticos, que avançou 3,5% em relação a outubro de 2024, registrando sua quarta alta consecutiva. O segmento foi uma das principais influências no resultado geral, dividindo a segunda maior contribuição (0,2 ponto percentual) com hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e outros artigos de uso pessoal e doméstico, todos juntos somando parte relevante do crescimento de 1,1% do varejo. O setor acumula alta de 4,1% no ano e de 4,2% no período de 12 meses, mantendo uma trajetória ascendente pela 28ª vez seguida.

No segmento de hiper e supermercados, o desempenho voltou ao campo positivo após dois meses de queda, com alta de 0,3% na comparação anual. O setor também contribuiu com 0,2 ponto percentual para o indicador geral. No acumulado do ano, o avanço é de 0,8%, mesmo resultado observado em setembro, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses foi de 1,0%, mostrando desaceleração desde abril. Para Claudia Moreno, economista do C6 Bank, mesmo com os resultados positivos dos últimos três meses, a leitura geral é de que o varejo ampliado perdeu força ao longo de 2025. “Desde o início do ano, os setores mais ligados ao crédito, como veículos, materiais de construção, móveis e eletrodomésticos, mostram um desempenho mais fraco, refletindo os efeitos dos juros altos”, explica.

A única queda relevante ficou com tecidos, vestuário e calçados, que recuou 3,3% ante outubro de 2024, marcando o segundo mês consecutivo de retração. O desempenho negativo reduziu em -0,2 ponto percentual a taxa global de +1,1% do varejo. Apesar disso, o setor segue no positivo no acumulado do ano, embora em desaceleração: passou de 5,5% em junho para 2,6% em outubro. Nos últimos 12 meses, a trajetória é semelhante, com queda de 4,5% para 3,2% entre agosto e outubro.