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Vendas no comércio têm melhor resultado para abril em 21 anos

No mês, setor cresceu 1,8%; Para IBGE, pandemia mudou comportamento do consumidor, que compra em promoções pontuais, sem concentrar gastos em grandes datas

Por Larissa Quintino Atualizado em 10 jun 2021, 23h49 - Publicado em 8 jun 2021, 09h46

Pelo segundo ano seguido, o mês de abril foi marcado pelo aumento no número de casos de Covid-19 e medidas de distanciamento social. Porém, o setor varejista reagiu de forma diferente de 2020, porque o comportamento do consumidor também mudou. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor cresceu 1,8% em relação a março. Com isso, voltou ao patamar pré-pandemia, ou seja, o nível que estava em fevereiro do ano passado.  Essa é a maior alta para o mês desde 2000, após queda de 1,1% em março. 

 “O consumo das famílias se modificou em termos de estrutura no começo da pandemia. O que tem acontecido é que, em alguns setores, o consumo tem se concentrado em momentos específicos do ano. Antigamente, esses momentos eram muito marcados, como a Black Friday e o Natal, agora o cenário mudou”, analisa o gerente da Pesquisa Mensal do Comércio, Cristiano Santos. O resultado vem muito acima das estimativas do mercado, que previam queda de -1% no mês. 

De acordo com o levantamento, divulgado nesta terça-feira, 8, no ano o setor acumula alta de 4,5% e contabiliza 3,6% nos últimos 12 meses e, na comparação com abril do ano passado, o crescimento é de 23,8%. Das oito categorias do varejo, apenas a de hiper e supermercados registrou recuo, com queda de 1,7% no período. O maior crescimento foi marcado pelo setor de móveis e eletrodomésticos, que avançou 24,8% no mês.

De acordo com o pesquisador, essas semanas de promoções, já habituais no calendário do comércio, vêm perdendo força. “São fenômenos que acabam acontecendo porque as compras estão mais digitais e permitem que determinados setores possam ter promoções fora desses momentos e provocar uma determinada onda de vendas em períodos distintos de tempos”, diz. Para ele, isso faz com que parte das famílias deixe de consumir produtos de um determinado setor para fazê-lo em promoções pontuais.

Na comparação anual, o pesquisador afirma que o aumento, recorde da série histórica, é explicado pela base de comparação baixa.”Quando olhamos para essas grandes variações, precisamos lembrar que muitas dessas lojas declararam uma perda muito grande de receita. Por exemplo, se uma loja tinha um faturamento de 100 mil reais e em abril ela só vendeu 10%, depois, se ela crescer 100%, ela passa de 10 mil reais para 20 mil reais. Ou seja, o patamar ainda está muito baixo em relação ao cenário que se tinha antes da pandemia”, explica Santos.

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Setor ampliado

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças (20,3%) e de material de construção (10,4%), o aumento no volume de vendas foi de 3,8%. Ambas as atividades haviam recuado no mês anterior.

“O que observamos é que está aumentando a volatilidade mês a mês. Se olharmos os últimos índices, veremos que o comércio está tendo movimentos de mais ganhos e mais perdas. Um mês acaba rebatendo o outro, porque em um mês teve uma receita maior e no outro teve uma teve uma  menor. Há também algumas antecipações de promoções em alguns setores”, destaca o pesquisador.

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