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Venda da Ambev no Brasil cai 1,8% com recuo em cerveja e refrigerante

Entre os motivos para a queda nas vendas estão o clima desfavorável, o fato do Carnaval ter sido mais cedo e a base de comparação

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 9 Maio 2018, 13h44 - Publicado em 9 Maio 2018, 13h41

A Ambev registrou uma queda de 1,8% na receita líquida no Brasil no primeiro trimestre de 2018 em comparação com igual período do ano passado. O resultado chegou a 6,180 bilhões de reais no país. O recuo foi consequência de uma piora nos volumes vendidos e na receita líquida de suas duas divisões de negócios no Brasil: a de cerveja e a de refrigerantes e bebidas não-alcoólicas.

Em cerveja, a receita recuou 1% na comparação anual, chegando a 5,315 bilhões de reais. A retração foi mais suave que a queda de 8,1% ocorrida nas vendas em volume de bebida. Isso ocorreu em razão do aumento de preço implementado pela companhia no terceiro trimestre de 2017. Ao todo, a Ambev vendeu no país 18,879 milhões de hectolitros de cerveja entre janeiro e março.

A Ambev afirmou que a indústria de cerveja teve um desempenho fraco no trimestre.Segundo a companhia, o setor teve uma contração “entre um dígito baixo e um digito médio”.

As vendas de cerveja no Brasil foram afetadas pelo efeito de o Carnaval ocorrer mais cedo este ano e por um clima considerado desfavorável. Além disso, a empresa afirmou que enfrenta “uma difícil base de comparação”, porque, segundo a Ambev, a companhia superou o desempenho da média da indústria no primeiro trimestre de 2017.

O Custo do Produto Vendido (CPV) de cerveja no Brasil caiu 10,9% no trimestre, para 1,882 bilhão de reais, enquanto o CPV por hectolitro caiu 3,1%, para 99,7 reais.

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Refrigerantes

Já o negócio de refrigerantes e bebidas não alcoólicas teve uma queda de 19,4% nas vendas em volume no primeiro trimestre de 2018 ante o mesmo período de 2017. O volume total chegou a 5,595 milhões de hectolitros.

A companhia afirmou que a indústria de refrigerantes “ainda está sendo impactada por um baixo gasto discricionário”. A companhia estima que o setor tenha contraído um dígito médio no primeiro trimestre de 2018. Além disso, segundo a Ambev, o resultado da empresa havia sido mais forte no primeiro trimestre de 2017, período em que a companhia alega ter tido desempenho superior à média da indústria.

A receita líquida do negócio de refrigerantes e não alcoólicos caiu 6,4% no período, para 864,8 milhões de reais. O CPV recuou 15,2%, chegando a R$ 466,6 milhões.

Despesa Financeira

A Ambev reportou despesa financeira líquida de 544,3 milhões de reais no primeiro trimestre de 2018, recuo de 37% ante o apurado em igual período do ano anterior. Entre os efeitos que impactaram o resultado financeiro a fabricante de bebidas mencionou menor despesa com juros.

A despesa com juros foi de 348,1 milhões de reais, queda de 13% na comparação com o mesmo trimestre de 2017. A companhia reportou que essa linha inclui despesa sem efeito caixa referente à opção de venda associada ao investimento na República Dominicana.

Na comparação anual também caiu a linha “Outras receitas e despesas financeiras líquidas” para 118,5 milhões de reais, ante 216 milhões de reais no mesmo período de 2017. A Ambev afirmou que essa linha de despesa reflete juros sobre contingências.

O endividamento consolidado da Ambev ao final de março era de 4,467 bilhões de reais, mais elevado que os 2,553 bilhões de reais do final de dezembro de 2017. Do montante, 1,021 bilhão de reais estava em moeda local e 3,446 bilhões de reais em moeda estrangeira. A Ambev encerrou o trimestre, no entanto, com caixa líquido de 3,497 bilhões de reais.

Com relação aos impostos, a alíquota efetiva do primeiro trimestre aumentou de 12,9% para 19,3% em razão de impacto de variação cambial em transações entre empresas do grupo devido à desvalorização do real. As despesas com Imposto de Renda e Contribuição Social somaram R$ 619,9 milhões, alta de 83% na comparação anual.

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