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Vale vende ativos de carvão na Colômbia por US$407 mi

Por Da Redação
28 Maio 2012, 15h46

Por Sabrina Lorenzi

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO, 28 Mai (Reuters) – Em linha com a estratégia de desinvestimentos, a Vale assinou acordo para vender suas operações de carvão na Colômbia para a CPC, unidade da Colombian Natural Resources.

O acordo prevê a venda de ativos de carvão térmico, que incluem mina e logística, por 407 milhões de dólares em dinheiro, informou nesta segunda-feira a mineradora.

O negócio já era esperado pelo mercado, com executivos da Vale tendo informado que carvão térmico seria um dos alvos de venda para que a companhia pudesse concentrar recursos em projetos prioritários.

Mas a escolha por ativos da Colômbia para realizar o plano de desinvestimentos também pode ter sido motivada por problemas locais que a mineradora vinha enfrentando, avaliam analistas ouvidos pela Reuters.

“Acho que a Vale vendeu esses ativos primeiro porque decidiu sair mesmo do negócio de carvão térmico e segundo porque está avaliando sair de países com problema, como é o caso de Rio Colorado, na Argentina”, afirmou Pedro Galdi, da SLW Consultoria.

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Protestos contra a poluição de minas de carvão da Vale na Colômbia afetaram a produção da mineradora e deixaram um policial morto em fevereiro, segundo informaram na ocasião fontes da indústria e a ONG Justiça Global.

Os habitantes exigiam que a Vale removesse o depósito de rejeitos da mina e que começasse a fazer aterros, além de interromper o corte de eucaliptos da região.

“Dor de cabeça a Vale já tem bastante no Brasil, com cobrança de royalties, passivo gigante tributário em discussão na Justiça, mudança no marco regulatório…”, acrescentou Galdi, lembrando que a empresa também está considerando a possibilidade de abandonar projeto gigante de potássio na Argentina.

As operações de carvão térmico na Colômbia constituem um sistema integrado mina-ferrovia-porto, que inclui a mina de carvão de El Hatillo e o depósito de carvão de Cerro Largo, ambos localizados no departamento de Cesar.

“Os protestos podem ter acelerado o processo de venda mas o objetivo principal da empresa parece ser o direcionamento do seu foco para carvão metalúrgico, que é o seu maior alvo, voltado para siderúrgicas …”, comentou o analista Rafael Weber, do banco Geração Futuro.

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A Vale informou que está sendo vendida também uma operação portuária de carvão na costa atlântica da Colômbia e participação de 8,43 por cento na ferrovia Ferrocarriles Del Norte de Colombia, que faz a ligação das minas de carvão ao porto. A operação está sujeita a aprovações regulatórias.

A Vale pagou pouco mais de 300 milhões de dólares pelos ativos colombianos há alguns anos.

“A venda das operações de carvão térmico na Colômbia é parte de nossos esforços contínuos de otimização do portfólio de ativos”, afirmou a empresa em comunicado.

“Carvão térmico está fora de nosso core business”, disse neste mês o diretor executivo de carvão e fertilizantes, Roger Downey.

Por volta de 14h20, as ações da companhia operavam em alta de 1,48 por cento, negociadas a 36,25 reais, enquanto o Ibovespa subia no mesmo ritmo, cerca de 1,72 por cento.

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(Com reportagem de Alberto Alerigi Jr.)

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