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Vagas de trabalho remotas estão diminuindo, mostram pesquisas

No Brasil, trabalhadores corporativos tendem a trabalhar em média 3 dias na semana em home office

Por Camila Barros 19 abr 2024, 16h33

O trabalho remoto, modalidade que ganhou tração durante a pandemia, vem perdendo cada vez mais espaço no mercado de trabalho. “As empresas estão pedindo para que os funcionários voltem ao presencial”, afirma Roberta Saragiotto, head de RH da plataforma de estágios Start Carreiras. Segundo pesquisa conduzida pela empresa e divulgada com exclusividade para VEJA, as oportunidades remotas em estágios e trainees estão diminuindo significativamente. Atualmente, apenas 15,6% das vagas do tipo oferecem um regime remoto – em outubro de 2022, eram 22,8%. Já o número de vagas totalmente presenciais aumentaram de 37,3% para 56,5% neste período.

Trata-se de uma disputa recorrente entre funcionários e empresas. De um lado, os funcionários costumam afirmar que o trabalho remoto facilita o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. De outro, as empresas alegam que o home office reduz a produtividade dos funcionários e a integração entre as equipes.

O meio termo tem sido o modelo de trabalho híbrido. A pesquisa “Home office no Brasil: percepções e avaliações dos trabalhadores”, publicada pelo FGV IBRE em fevereiro, mostrou que chefes e equipes tem convergido para um consenso de 3 dias remoto e 2 presenciais. “Da pandemia para cá, as empresas tiveram mais tempo para analisar seu quadro e buscar um equilíbrio de custo/benefício [do trabalho remoto]”, diz Rodolpho Tobler, pesquisador do FGV IBRE e um dos condutores da pesquisa.

O estudo funcionou assim: perguntou aos funcionários quantos dias eles gostariam de trabalhar de casa. A média da respostas foi 3,8 dias por semana. Depois, questionou quantos dias os funcionários acreditavam que seus chefes gostariam de trabalhar remotamente. A média das respostas foi de 3,2 dias/semana. A pesquisa ainda aponta que, atualmente, pessoas em regime híbrido tendem a trabalhar em média 3,3 dias por semana de casa no Brasil – mais do que o dobro do período pré-pandemia.

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No mundo

Dados da consultoria de recrutamento Robert Half vão pelo mesmo caminho. Segundo Lucas Nogueira, diretor regional da companhia, as empresas no Brasil estão optando por jornadas de 2 ou 3 dias no home office. É mais do que nos EUA, de onde os trabalhadores corporativos tendem a ficar de 3 a 4 dias em casa. Por lá, o mercado de trabalho superaquecido, com uma taxa de desemprego de apenas 3,80%, tende a dar mais poder de barganha para que os trabalhadores negociem salários e benefícios.

Na Europa, no entanto, o home office já é coisa rara, e os funcionários tendem a ir presencialmente 4 vezes por semana. De acordo com Nogueira, esta é uma consequência da geografia do continente, que possui cidades pequenas e sistemas de transporte mais eficientes – o que facilita a ida dos trabalhadores ao escritório.

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