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Usiminas indica argentino Eguren para presidência

Executivo substitui o brasileiro Wilson Brumer, que estava no comando da empresa desde 2010

Por Da Redação
17 jan 2012, 14h08

O grupo controlador da Usiminas anunciou nesta terça-feira a indicação do executivo argentino Julián Eguren para o cargo de diretor-presidente da siderúrgica, em substituição do brasileiro Wilson Brumer, que estava no comando da empresa desde 2010. O conselho também aprovou novo acordo de acionistas, válido até 2031. O grupo ítalo-argentino Techint anunciou em novembro a compra de participação de 27,7% no capital votante da maior produtora de aços planos do Brasil, em uma operação de 4,1 bilhões de reais e em que pagou ágio de mais de 80%.

As mudanças serão imediatas, de acordo com a assessoria de imprensa da Usiminas. Eguren, 48, ocupava desde 2008 a presidência da unidade mexicana da Ternium, empresa do grupo Techint. Procurada, a Ternium no Brasil não se manifestou.

Segundo afirmou a Usiminas em comunicado, a entrada da Techint no bloco de controle, no lugar dos grupos brasileiros Camargo Corrêa e Votorantim, fortalece “sua estrutura de governança e potencializa oportunidades de desenvolvimento e aumento de competitividade”. De acordo com as palavras de Eguren, a empresa irá “trabalhar em equipe na melhoria da eficiência operacional, oportunidades de mercado e melhoria de competitividade”.

Dúvidas- A escolha de nova gestão para a companhia acontece em um momento no qual o mercado avalia com cautela a mudança no grupo de controle da siderúrgica , que vem tentando melhorar seu nível de competitividade em meio ao excesso de capacidade produtiva mundial de aço e grandes importações do material no Brasil.

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Segundo analistas do Deutsche Bank, com o comando da Usiminas em mãos, o grupo Techint vai buscar uma estratégia de melhora dos resultados da maior produtora de aços planos do Brasil por meio de aumento de produção, na tentativa de recuperar participação de mercado perdida para rivais como a Companhia Siderúrgica Nacional e mesmo para importações.

No terceiro trimestre, a Usiminas teve uma margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 11,5%, queda significativa ante os 22,7% de um ano antes e pior desempenho entre as siderúrgicas com ações listadas na BM&FBovespa.

“Esperamos que um elemento importante da estratégia da Ternium para melhorar a lucratividade da Usiminas seja aumentar sua produção de aço. Enquanto a Usiminas vendeu 8 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos em 2007, esperamos que o volume de vendas em 2011 seja de apenas 6,25 milhões de toneladas”, afirmam analistas do Deutsche em relatório.

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“Nossos cálculos mostram que a produtividade da Usiminas em 2010 foi de 188 toneladas por empregado (por ano), que é 25% abaixo do nível da CSN”, acrescentam.

A indicação de Eguren também marca uma reviravolta para o segundo maior grupo de produtos de aço da América Latina: a Ternium ingressa com mais força no Brasil depois que a Usiminas vendeu no início do ano passado a participação de cerca de 14% que detinha na empresa.

Com a conclusão da compra das participações antes detidas por Camargo Corrêa e Votorantim, o grupo de controle da Usiminas passa a ser formado pelo grupo Techint (com Confab, Ternium, Siderar e Prosid); pela Nippon Steel, com 27,82% do capital votante; e pela Caixa dos Empregados, com 6,75%. Além de Eguren, o conselho indicou Daniel Agustin Novegil, presidente do grupo Ternium, como conselheiro, juntamente com Roberto Caiuby Vidigal, presidente do conselho da Confab, e Alcides José Morgante.

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(Com Reuters)

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