BRUXELAS, 1o de dezembro (Reuters) – Os governos da União Europeia concordaram nesta quinta-feira em examinar sanções contra o setor de energia do Irã como parte de uma ação mais ampla para aumentar a pressão financeira sobre o país por causa de seu programa nuclear.
Depois de chegarem a um acordo sobre a ampliação da lista de pessoas e entidades iranianas afetadas por sanções da UE, ministros de Relações Exteriores dos governos do bloco disseram que o setor de energia estava entre as áreas que seriam alvo de novas medidas, bem como os de transportes e financeiro.
“O Conselho concordou em ampliar as sanções existentes, ao examinar, em estreita coordenação com parceiros internacionais, medidas adicionais, incluindo medidas com o objetivo de afetar severamente o sistema financeiro iraniano, o setor de transportes e o setor de energia”, disseram eles.
Chanceleres afirmaram que a decisão seria tomada antes de seu próximo encontro, em janeiro.
O ministro de Relações Exteriores da França, Alain Juppé, declarou que a União Europeia iria trabalhar com seus parceiros para compensar qualquer escassez de petróleo se for imposto um embargo ao Irã.
“Nós estamos trabalhando nisso”, disse ele a jornalistas depois do encontro em Bruxelas, ao ser indagado sobre a possibilidade de sanções ao petróleo do Irã.
“A Grécia expressou algumas preocupações e nós temos de levá-las em consideração e trabalhar com os diferentes parceiros de modo que a interrupção do fornecimento (do petróleo) do Irã possa ser compensada por um aumento da produção de outros países… É algo que é totalmente possível”, disse Juppé.
(Reportagem de Justyna Pawlak, David Brunnstrom e Sebastian Moffett)