Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Uma aeronave sob suspeita

Especialistas ouvidos por VEJA afirmam que as falhas do 737 MAX 8 podem estar relacionadas à troca do computador de controle de voo

Por Alexandre Salvador Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 mar 2019, 07h00 - Publicado em 15 mar 2019, 07h00

A queda de um avião da Ethiopian Airlines no domingo 10, que acarretou a morte das 157 pessoas a bordo, deixou o mundo inteiro em alerta. Afinal, trata-se do segundo acidente fatal do Boeing 737 MAX 8, a mais recente atualização do consagrado jato de médio porte americano, em menos de seis meses. Em outubro de 2018, um 737 MAX 8 da Lion Air, da Indonésia, também caiu nos primeiros minutos de voo e vitimou 189 pessoas. Apenas uma infeliz coincidência? Talvez não. A investigação sobre o acidente anterior e as informações iniciais sobre o caso da Ethiopian apontam para o mesmo comportamento da aeronave: uma ascensão errática logo após a decolagem. Tudo sugere que houve falha de um sensor que indica o “ângulo de ataque”, ou seja, se o nariz do avião está voltado para cima ou para baixo, e o computador de bordo tentou corrigir um problema que não existia, a despeito dos comandos dos pilotos. Essa função existe para diminuir o risco da “estolagem”, jargão aeronáutico para a perda de sustentação e o início da queda livre do avião.

Diante da confusão eletrônica, a aeronave fica incontrolável, o que explicaria a queda abrupta dos dois aviões. Especialistas ouvidos por VEJA afirmam que as falhas do 737 MAX 8 podem estar relacionadas à troca do computador de controle de voo. Além disso, a mudança das turbinas por modelos maiores e mais pesados modificou a distribuição de peso do aparelho. Por precaução, autoridades e companhias aéreas ao redor do globo decidiram manter as 387 unidades do 737 MAX 8 (e de seu modelo mais alongado, o MAX 9) em solo até que a fabricante ofereça maiores garantias. No Brasil, apenas a Gol possui aviões desse tipo (são sete ao todo), e ela também decidiu não colocá-los no ar. A Boeing tem mais de 4 500 encomendas do 737 MAX 8, considerado um sucesso de vendas. Mas, após a semana de turbulências, as ações da empresa caíram mais de 11%.

Publicado em VEJA de 20 de março de 2019, edição nº 2626

Envie sua mensagem para a seção de cartas de VEJA
Qual a sua opinião sobre o tema desta reportagem? Se deseja ter seu comentário publicado na edição semanal de VEJA, escreva para veja@abril.com.br

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.