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Trump reage após Fed revisar para baixo previsões econômicas dos EUA

Presidente americano pressionou por corte os juros, mas a autoridade monetária americana não tem pressa

Por Camila Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 mar 2025, 12h07

Na quarta-feira, 19, o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiu manter a taxa de juros em 4,5%, diante de um cenário econômico cada vez mais instável, em grande parte devido às políticas comerciais de Donald Trump. Em coletiva de imprensa após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, reconheceu que a incerteza está em níveis “incomumente elevados” e destacou que as turbulências causadas pelas mudanças no início do governo Trump podem acelerar a inflação e frear o crescimento.

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Diante deste cenário, o Fed revisou suas previsões para a economista este ano, reduzindo a expectativa de crescimento dos EUA e aumentando a projeção para a inflação. A autoridade monetária agora estima que o PIB crescerá 1,7% este ano, abaixo da previsão de 2,1% feita no final de 2024. A inflação, por sua vez, deve encerrar o ano em 2,7%, superando os 2,5% projetados em dezembro. A meta do Fed permanece em 2%.

Incomodado com a análise, Trump recorreu à sua plataforma Truth Social para criticar a postura do Fed e exigir cortes imediatos nos juros. “O Fed estaria muito melhor cortando os juros, já que as tarifas dos EUA começam a se acomodar (aliviar!) na economia. Façam a coisa certa”, escreveu, aumentando a pressão pública sobre a autoridade monetária.

Apesar de manter a previsão de dois cortes de 0,25 ponto percentual nos juros até o fim do ano, o Fed optou por cautela e decidiu esperar mais dados. “Há uma incerteza muito grande. O que você colocaria no papel?”, disse Powell durante a coletiva. “É simplesmente muito difícil saber como isso vai se desenrolar.” No entanto, ele ressaltou que os dados econômicos seguem sólidos, mencionando a taxa de desemprego de 4,1% e a percepção de que o mercado de trabalho está equilibrado.

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Desde sua reeleição, Trump tem buscado reconfigurar as relações comerciais dos EUA, impondo tarifas a vários países e setores. Uma das promessas de sua campanha, a política tarifária tem sido gradualmente implementada nos últimos meses. O presidente anunciou tarifas de 25% sobre aço e alumínio, além de uma taxa extra de 10% sobre produtos chineses. Em resposta, o Ministério das Finanças da China impôs tarifas de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito (GNL) dos EUA, além de 10% sobre petróleo bruto, equipamentos agrícolas e alguns automóveis.

Os EUA também anunciaram tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México. No entanto, após negociações com os dois países, o governo americano adiou as tarifas por um mês para renegociação. Até 2 de abril, o governo americano decidirá ainda se vai impor tarifas de 25% sobre produtos como madeira, carros, semicondutores, chips e produtos farmacêuticos.

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