Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Transporte urbano registra queda de 30% no número de passageiros

Confira como está a situação nas principais capitais; empresas do setor reivindicam ao governo federal medidas emergenciais

Por Alessandra Kianek e Diego Gimenes
Atualizado em 19 mar 2020, 15h02 - Publicado em 19 mar 2020, 14h05

Para tentar barrar o avanço do novo coronavírus, prefeituras anunciaram medidas que afetam o funcionamento do transporte público em suas cidades. Segundo levantamento preliminar da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a queda no número de passageiros chega a 30% em alguns municípios, podendo atingir 50% com o agravamento da situação. O governo de Santa Catarina determinou a suspensão completa do serviço de transporte público em todo o estado. A medida vale para as linhas municipais, intermunicipais e interestaduais, durante sete dias.

No Rio de Janeiro, o governador, Wilson Witzel (PSC), determinou que o transporte público no estado — trens, metrô, barcas e ônibus — funcione com apenas 50% da lotação. O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou a proibição da circulação de ônibus e BRTs com passageiros em pé na cidade. O decreto também suspendeu por 15 dias a chegada de ônibus interestaduais vindos de estados com circulação confirmada do coronavírus ou que tenha decretado situação de emergência em razão da Covid-19. 

O governo do Espírito Santo decidiu retirar de circulação todos os ônibus com ar-condicionado – cerca de 160 coletivos devem sair das ruas. Além disso, foi  anunciado o afastamento dos motoristas e cobradores com mais de 60 anos – ao todo são 300 funcionários nessa faixa etária. Já no Distrito Federal, haverá reforço em 50 linhas no horário de pico. Cerca de 100 ônibus serão remanejados para essa operação.

A Secretaria Estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo, do governo João Doria (PSDB), registrou nos últimos dias redução de 20% no número de passageiros que usam trem, metrô e ônibus intermunicipais da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) na Grande São Paulo. A secretaria ressalta que a oferta de transporte de trens, ônibus e metrô continua a mesma. Segundo o órgão, a redução dos passageiros se deve às pessoas que estão trabalhando em casa para evitar a contaminação com o novo coronavírus. 

Já na região do Grande ABC paulista, assembleia extraordinária realizada pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC decidiu que a suspensão do serviço de transporte público será gradativa até o dia 28 de março. A suspensão por completa começa a valer a partir do dia 29. O consórcio representa as cidades de Santo André, São Caetano, São Bernardo, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.

Continua após a publicidade

Infectologistas recomendam que as pessoas que precisam usar o transporte coletivo evitem o horário de pico da manhã ou da tarde. Também recomendam o uso de álcool em gel após sair de ônibus, trem ou metrô.

Diante do cenário, a Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos reivindica ao governo federal medidas emergenciais para assegurar a continuidade do transporte público urbano em todo o país, para que, mesmo que ocorra uma queda drástica da receita, as empresas operadoras possam sobreviver diante das obrigações financeiras para manter os serviços em funcionamento. O presidente executivo da NTU, Otávio Cunha, defende a instituição de um fundo nacional de emergência que possa complementar o déficit previsto entre custos e receitas das empresas operadoras de transporte público coletivo urbano.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.