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Ternium tenta na Justiça impedir destituição de executivos da Usiminas

Presidente e diretores foram demitidos em meio a uma disputa entre acionistas da mineradora

Por Da Redação
2 out 2014, 10h56

A Ternium, subsidiária do grupo ítalo-argentino Techint, tentou impedir, um dia antes, na Justiça, a reunião do Conselho de Administração da Usiminas, realizada na quinta-feira, 24 de setembro, na qual foi decidida a destituição do alto escalão da siderúrgica.

Uma disputa entre as duas acionistas da empresa – a Ternium e o Grupo Nippon – resultou na demissão do presidente da Usiminas e de mais dois altos executivos da maior produtora de aços planos do Brasil. Saíram dos cargos o então presidente Julián Eguren, o diretor de subsidiárias, Paolo Bassetti, e o diretor industrial, Marcelo Chara, os três eram indicados pela Ternium. Rômel Erwin de Souza, diretor da companhia, assumiu a presidência em caráter provisório.

A alegação da Nippon para destituir os executivos foi de que auditorias interna e externa apontaram que os diretores citados “teriam sido beneficiados com pagamentos irregulares de �bônus especial�, gerando prejuízos à Usiminas”, e que esses diretores, embora tivessem reconhecido parcialmente a irregularidade, não ressarciram a empresa integralmente.

Para tentar reverter a destituição, a Ternium ingressou com uma liminar na Justiça mineira, negada na segunda-feira. A empresa voltou a recorrer e aguarda nova decisão entre sexta-feira e segunda-feira. Procurada, a Ternium não comentou o assunto.

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Mudanças – O acordo de acionistas da Usiminas deverá ser modificado após resolução de conflito, segundo uma fonte a par do assunto. O objetivo seria criar métodos para resoluções de conflitos e garantir a alternância de poder entre os dois acionistas, com a indicação do diretor-presidente.

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O acordo em vigor, assinado em janeiro de 2012, após a Ternium ingressar no capital da siderúrgica, prevê que Nippon e Ternium têm o direito de “indicar por consenso o diretor-presidente da Usiminas”. O documento diz ainda que “a destituição ou substituição do presidente dependerá de consenso”.

O grupo japonês é o maior acionista, com 29,45%. O grupo T/T (Ternium, Siderar e TenarisConfab) tem 27,66% e a Previdência Usiminas, 6,75%. Em breve, tanto Nippon quanto Ternium deverão indicar nomes para a substituição Eguren.

Como forma de solucionar o problema, além da possibilidade de a Nippon comprar a fatia da Ternium, aventou-se a alternativa de cisão do negócio, com Nippon ficando com Ipatinga (MG), que possui tecnologia da companhia japonesa embarcada e foco no setor automotivo, enquanto a argentina teria a usina de Cubatão (SP), que produz placas e possui um canal de distribuição, de maior interesse da Ternium.

(Com Estadão Conteúdo)

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