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Ternium e Tenaris entram no bloco de controle da Usiminas

Por Da Redação
28 nov 2011, 10h23

Por Alberto Alerigi Jr.

SÃO PAULO (Reuters) – O conglomerado ítalo-argentino Techint fechou acordo para comprar uma participação de 27,7 por cento do capital votante da Usiminas, frustrando os esforços da CSN de ingressar no bloco de controle da maior produtora brasileira de aços planos.

Sob o acordo com os grupos vendedores Camargo Corrêa e Votorantim, a Ternium vai pagar 36 reais por ação ordinária da Usiminas junto com sua subsidiária argentina Siderar e a brasileira TenarisConfab –um prêmio superior a 80 por cento sobre o valor de fechamento do papel na Bovespa na última sexta-feira.

Ternium e Tenaris são empresas da Techint.

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A Ternium, segundo maior grupo de produtos de aço da América Latina, vai “financiar a aquisição da participação de 4,1 bilhões de reais (cerca de 2,2 bilhões de dólares) com dinheiro e dívida”.

Separadamente, a TenarisConfab informou que vai investir 900 milhões de reais para ficar com 25 milhões de ações da Usiminas -5 por cento dos papéis ordinários.

A TenarisConfab, que produz tubulações de aço, considera o investimento na Usiminas como “de absoluta relevância estratégica por abranger a principal matéria-prima para seus negócios, obtendo um maior nível de integração com seu principal fornecedor de aço”.

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Segundo a Ternium, da qual a Usiminas era acionista até o início deste ano, o grupo de controle da siderúrgica brasileira será formado por Nippon Steel (46,1 por cento), Ternium/Tenaris (43,3 por cento) e Caixa dos Empregados da Usiminas (10,6 por cento).

O grupo de controle detém 322,7 milhões de ações ordinárias da Usiminas, sendo que 84,7 milhões, 30 milhões e 25 milhões ficarão com Ternium, Siderar e TenarisConfab, respectivamente.

“Com Nippon Steel, Usiminas e Ternium trabalhando juntas poderemos melhorar a competitividade de cada companhia em tecnologia, qualidade de eficiência de custo e oferecer uma ampla variedade de produtos (…) do México à Argentina”, afirmou a Ternium em comunicado.

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Representantes da Usiminas e Camargo Corrêa não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.

Por sua parte, a Votorantim informou em comunicado que a venda de sua participação na Usiminas faz parte da estratégia de focar investimentos nos segmentos industriais considerados mais importantes para o grupo: cimento, metais, aços longos, celulose e suco de laranja.

ÁGIO

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O valor do acordo da Ternium representa um ágio de 83 por cento sobre o preço de fechamento das ações ordinárias da Usiminas na sexta-feira. Segundo a Ternium, a quantia também representa um prêmio de 41 por cento sobre o preço médio em dólar da ação com direito a voto da Usiminas nos últimos seis meses.

Segundo analistas do Citi, “com esse valor alto (…) a Ternium deve assumir uma posição ativa na operação da Usiminas. A companhia nunca fez investimentos financeiros passivos”.

A Ternium fabrica produtos de aço plano para uma série de indústrias e tem operações principais na Argentina e no México.

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A CSN, que vinha sendo citada como candidata à compra das fatias de Votorantim e Camargo Corrêa na Usiminas, informou há 10 dias que tinha aumentado sua participação na Usiminas para 11,66 por cento das ações ordinárias e 20,14 por cento das preferenciais.

A CSN começou a comprar participações na Usiminas no início do ano, em operações na bolsa. Pouco após isso, Camargo Corrêa, Votorantim e Nippon Steel acertaram um acordo para travar o grupo de controle da siderúrgica até 2031, que foi revisto com a entrada da Ternium e da Tenaris no capital da empresa mineira.

Na avaliação dos analistas do Citi, “a Ternium poderá negociar com a CSN para comprar a participação de 20 por cento das ações preferenciais”.

Segundo o comunicado da Ternium, a Nippon vai comprar do fundo de pensão dos funcionários da Usiminas 8,5 milhões de ações ordinárias.

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