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Terminais privados bancam reforma no Porto de Santos para reduzir fila

Setor vai doar R$ 750 mil para obra em píer de uso exclusivo da Petrobras na tentativa de reduzir espera de atracação, que chega a 25 dias

Por Josette Goulart Atualizado em 26 nov 2020, 16h28 - Publicado em 26 nov 2020, 13h04

Os terminais privados que atuam no Porto de Santos vão bancar uma reforma de 750 mil reais no píer 1, no cais de Alemoa, para tentar desafogar a fila de navios na região. O presidente da Associação Brasileira de Terminais Líquidos (ABTL), Carlos Kopttike, diz que a fila já chegou a atingir 25 dias de espera e nesta semana estava em 18 dias por conta de avarias no berço do porto. Os terminais acertaram a doação dos recursos para a obra há dois meses e a autorização da autoridade portuária (SPA) foi dada somente agora. A empreiteira contratada iniciou a montar o canteiro de obras nesta semana.

A deterioração no maior porto da América Latina está atingindo especialmente a indústria química, com dificuldades para atracar navios tanto do lado de Alemoa quanto da Ilha de Barnabé. Os berços de atracação de Barnabé serão reformados porque estavam quase caindo e as obras não podiam esperar, limitando a capacidade de movimentação. Do lado direito, em Alemoa, houve uma avaria no dolphin do Píer 1, restringindo a atracação de navios de porte acima de 225 metros. Este píer é de uso exclusivo da Transpetro, empresa da Petrobras, que tem navios maiores e passou então a usar o píer 2, onde tem preferência de atracação. Com isso, os navios foram enfileirando no mar de Santos. Mesmo sendo de uso exclusivo da Petrobras, o setor privado resolveu tomar a frente da obra no píer 1 em função da demora na resolução do problema. A SPA alega que fez uma licitação para a obra, mas as ofertas ficaram acima do orçado pela autoridade obrigando a companhia a reiniciar o processo.

A Santos Port Authority dizia oficialmente até mês passado que a fila no Porto de Santos, causada pela restrição no píer 1, não durava mais de cinco dias. Questionada novamente sobre os terminais alegarem que a duração das filas chegou a 25 dias, a autoridade alega que o problema das filas no píer da Alemoa é histórico. “Decorre da expansão de tancagem fora do Porto Organizado desalinhada do planejamento portuário. A SPA controla unicamente a eficiência de operação nos berços. Para atender a demanda, a única solução é a construção de novos berços, que sempre foi uma das prioridades dessa gestão e endereçada no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto (PDZ), aprovado neste ano”, defende.

A licitação mencionada pela SPA, no entanto, não atende os interesses dos terminais, segundo o presidente da ABLT. Ele diz que os dois novos berços previstos serão usados apenas por quem vencer a licitação. A SPA rebate dizendo que a construção vai aumentar em 80% a capacidade de movimentação de líquidos na Alemoa. “As regras para uso dos berços constarão do edital de licitação que ainda não foi publicado pela Antaq, a agência de transportes aquaviários, responsável pelo processo licitatório”, diz. Os terminais alegam que eles mesmos queriam investir nos novos berços cerca de 300 milhões de reais e depois serem ressarcidos com desconto nas tarifas. Legalmente, a SPA diz que isso não é possível porque inclusive teria dinheiro para a obra. Enquanto isso, seguem as filas no Porto de Santos.

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