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Temor com nova variante de coronavírus derruba bolsas e preço do petróleo

Bolsas começam a precificar risco de uma nova onda com a cepa africana; Ibovespa recua 3% nesta manhã com as notícias

Por Luana Zanobia Atualizado em 1 dez 2021, 16h15 - Publicado em 26 nov 2021, 11h36

A nova variante africana do Coronavírus (B.1.1.529), nomeada “Ômicron”, está gerando bastante temor nos mercados. A cepa é potencialmente mais transmissível e ainda não se sabe a eficácia das vacinas contra a mutação. Uma nova onda representa sérios riscos para a recuperação já bastante frágil das economias globais e os mercados começam a reagir com maior aversão ao risco. Nesta quinta-feira, 26, as bolsas da Ásia e da Europa, que vinham desempenhando bem, recuaram com as notícias da nova variante e o retorno das restrições. Os olhos agora estão voltados para os Estados Unidos, que retorna, nesta sexta-feira, 26, com os pregões após o feriado de Ação de Graças.

No início do dia, os principais índices das bolsas americanas já precificavam a cautela global com a nova ameaça. Na pré-abertura, às 9h30, horário de Nova York, os contratos futuros caíram: 2,2% na Dow Jones Industrial Average, 1,7% no S&P 500, e 0,9% na Nasdaq 100.

O índice Vix, que funciona como um termômetro do medo, disparou 31,89% nesta manhã, a 25,56 pontos. Com o clima de maior aversão ao risco se instalando nos mercados, os rendimentos dos treasuries – os títulos do Tesouro americano – de 10 anos caíram para 1,51%. Na Alemanha, a queda nos títulos foi de 0,32% e na Grã-Bretanha, de 0,84%. Os treasuries são considerados os ativos mais seguros do mundo e caem quando há maior procura por eles. Em momentos de crise, os investidores fogem para estes ativos. O ouro também ganha destaque nesse ambiente de insegurança e instabilidade. Os preços futuros do ouro subiram nesta manhã 1,10%, para 1.800,00 dólares a onça.

O Ibovespa também começou o dia precificando o cenário de cautela com a nova variante. Nesta manhã, às 10h30, o Ibovespa recuava 3,22%, aos 102,4 pontos, como dólar avançando 0,49% sobre o real, a 5,59 reais, e também frente a moedas de demais países emergentes. O índice Bloomberg Dollar Spot, que acompanha o desempenho das principais moedas globais em relação ao dólar norte-americano, caiu 0,2%, precificando a desvalorização das moedas diante da possibilidade de nova onda.

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A variante já tem gerado uma série de novas imposições. Países da Europa, Oriente Médio e Ásia já anunciaram a suspensão de voos vindos da África do Sul. A União Europeia pretende que a medida seja acatada por todos os membros. Isso porque os países europeus voltaram a ter recordes de contágio e começam a adotar lockdowns. O cenário já começa a refletir no preço do petróleo e da energia.

Os preços do petróleo bruto (WTI), produzido nos Estados Unidos, estavam com queda de 6% nesta manhã, a 73,00 dólares o barril. E o petróleo Brent, referência para a Petrobras, estava com desvalorização de 4,91%, a 78 dólares o barril. “As principais bolsas, principalmente as ligadas a commodities e energia estão despencando, porque o retorno das restrições gera pessimismo quanto ao consumo de petróleo e energia ao redor do mundo”, diz André Rolha, especialista e líder de renda fixa e produtos de câmbio da Venice Investimentos.

Segundo o economista Davi Levis, da Valor investimento, as ações do petróleo e energia devem seguir nos próximos dias com bastante volatilidade, em parte por conta do pleito dos Estados Unidos juntamente com China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Grã-Bretanha para que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) aumente a produção de petróleo, na tentativa de arrefecer os preços. Estados Unidos e os demais países já liberaram as reservas estratégicas de petróleo, como forma de reduzir o preço.

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