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Sul-coreano é eleito presidente do Banco Mundial

Jim Yong Kim comandará o órgão a partir de 1º de julho

Por Da Redação
16 abr 2012, 14h11

O sul-coreano Jim Yong Kim foi escolhido como o novo presidente do Banco Mundial (Bird, na sigla em inglês), informou nesta segunda-feira o diretório executivo do órgão internacional. Indicado pelos Estados Unidos. Kim venceu a disputa com a ministra nigeriana de Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala (apoiada pelo Brasil). O colombiano José Antonio Ocampo, que também disputava o cargo, retirou a candidatura na semana passada.

Kim passará a ocupar a cadeira máxima do órgão a partir de 1º de julho, quando o atual presidente, o americano Robert Zoellick, deixa o cargo. Seu mandato será de cinco anos. Nascido em Seul, na Coreia do Sul, ele foi criado nos Estados Unidos e é o atual reitor da universidade de Darthmouth.

Médico, especialista em saúde e antropólogo, Kim também foi responsável pela criação do Centro para Cuidados com a Saúde da universidade. Em seu currículo, consta uma atuação forte contra enfermidades em países pobres, especialmente no combate ao vírus HIV. Entre 2003 e 2005, ele tinha sido diretor do Departamento de Aids da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde se encarregou de lançar a iniciativa ‘3 por 5’ com o objetivo de tratar 3 milhões de pacientes infectados pelo vírus.

Antes de trabalhar em Dartmouth, ele era chefe do Departamento de Saúde Global e Medicina Social da Harvard Medical School, onde cursou medicina e antropologia, e do Centro François-Xavier Bagnoud para Saúde e Direitos Humanos. Sem grande experiência em política e finanças, Kim comandará uma entidade multilateral composta por 187 Estados-membros e 258 bilhões de dólares sob gestão.

Casado e com dois filhos, Kim mudou-se para os EUA com seus pais, um dentista e uma professora de filosofia, aos cinco anos. Sua família se instalou no estado de Iowa, no oeste do país, onde ingressou no colégio. Aluno brilhante, graduou-se pela Universidade de Brown, concluiu sua licenciatura em Medicina em 1991 e, em 1993, obteve o doutorado em antropologia na Universidade de Harvard. Em 2006, ele foi incluído na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo publicada pela revista Time.

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Nas últimas duas décadas, Kim publicou vários trabalhos acadêmicos no âmbito da saúde pública, onde é considerado um especialista mundial. Além disso, ele foi diretor-executivo e cofundador da Partners in Health, uma organização sem fins lucrativos que oferece serviços médicos em países como o Haiti, Peru, Rússia e Ruanda.

A candidatura de Kim, proposta no mesmo dia em que se cumpria o prazo no Banco Mundial, era a mais provável por contar com mais apoio internacional por causa do pacto tácito entre Estados Unidos e Europa, que repartiu o controle do Bird e do Fundo Monetário Internacional (FMI), respectivamente, desde 1944.

Até agora, a maior parte dos presidentes do Banco Mundial provinham do mundo das finanças, negócios ou política – e a designação de Kim representa mudança de rumo para um profissional que dedicou a maior parte de sua carreira na área do desenvolvimento e da saúde pública global.

Os outros dois candidatos em disputa foram o ex-ministro colombiano José Antonio Ocampo, que retirou na semana passada sua candidatura por falta de apoio (nem sequer alcançou o respaldo do governo de seu país) e a ministra nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, que teve a candidatura apoiada pelo Brasil na manhã desta segunda-feira.

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Dessa forma, Kim substitui Robert Zoellick, que anunciou em fevereiro não optar pela reeleição após cinco anos à frente da instituição.

O Bird, que conta com uma relação de 9 mil funcionários e com sede em Washington, ofereceu no ano passado 57,4 bilhões de dólares para projetos de desenvolvimento em países de renda média e baixa de todo o planeta.

(Com EFE)

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