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Stellantis vai investir R$ 30 bi no Brasil até 2030 com foco em elétricos

Companhia planeja 40 lançamentos nos próximos cinco anos, entre novos modelos híbridos e elétricos

Por Juliana Elias 6 mar 2024, 13h37

A Stellantis, dona da Fiat, Chrysler e Citroën, anunciou nesta quarta-feira, 6, seu novo ciclo de investimentos para os próximos anos no Brasil. O pacote prevê 30 bilhões de reais no país até 2030, voltados, principalmente, à transição energética, o que inclui novos veículos eletrificados e o desenvolvimento de tecnologias voltadas para os motores elétricos e flex fuel, movidos a biocombustíveis.

Estão planejados 40 lançamentos, entre modelos novos e versões atualizadas dos já existentes, a serem feitas entre 2025 e 2030. O primeiro deles, um híbrido, deve chegar ao mercado ainda no segundo semestre deste ano. Os executivos da companhia não detalharam quais serão as marcas dos lançamentos.

O anúncio é feito um dia depois de a Toyota confirmar investimentos de 11 bilhões de reais no país, incluindo expansão de sua fábrica e, também, o desenvolvimento de veículos eletrificados. Os investimentos se somam aos já anunciados pelas principais montadoras do país no começo do ano e que, somados, já se aproximavam dos 50 bilhões de reais para o ciclo de investimentos da indústria automotiva até 2030.

Na Stellantis, o plano até 2030 é que 20% dos carros que produz no Brasil sejam 100% elétricos. “Os 80% restantes, a depender dos programas do governo, devem ser mais para os híbridos do que para os de combustão pura”, disse Emanuele Cappellano, que assumiu a presidência do grupo para a América Latina em novembro.

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Um dos principais focos dos investimentos até lá deve ser, justamente, a busca por tecnologias que tornem mais eficientes e, portanto, mais baratos e acessíveis os veículos movidos a motores elétricos. Esta é ainda umas das principais barreiras, hoje, para o amplo acesso a eles no mercado, de acordo com o presidente global da Stellantis, Carlos Tavares.

Ele estima, porém, que, com os avanços tecnológicos, as tecnologias podem estar em pé de igualdade nos custos até 2026 ou 2027. “Em dois ou três anos já vamos ter chegado lá”, disse Tavares em coletiva a jornalistas realizada nesta manhã em Brasília.

“Hoje, a fabricação do veículo elétrico custa de 30% a 40% mais que o térmico, uma diferença que a classe média não paga. Não podemos transferir todos esses custos para o preço, senão perdemos nossos clientes, nem vender nossos carros com prejuízo”, disse. “A única direção possível é avançar no sentido de digerir esses custos com produtos suplementares e encontrar soluções inclusivas para reduzir os custos dos elétricos, de maneira que possam competir com os térmicos.”

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No Brasil pelo anúncio dos novos investimentos, Tavares esteve, pela manhã, em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, junto a Cappellano e diretores da companhia, no Palácio do Planalto. De acordo com o executivo, foram discutidos temas como a transição energética e o programa Mover, de incentivos à mobilidade verde.

O foco dos investimentos está no desenvolvimento das novas tecnologias de energia limpa e seus novos modelos, e não inclui, por ora, ampliação das fábricas e da capacidade produtiva. A Stellantis possui três fábricas no Brasil.

“Nesse momento, nossas fábricas na região não estão saturadas”, disse Tavares. “É óbvio que se nossa cota do mercado continuar a evoluir, não faltam recursos para que a companhia invista mais em capacidade industrial, mas, neste momento, não é necessário, porque temos capacidade para entregar o que os nossos clientes precisam.”

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