ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Sobe para 33 número de empresas investigadas por pirâmide financeira

Além da Telexfree e da BBom, as promotorias confirmam os nomes das empresas Nnex, Cidiz, Multiclick e Priples; governo agenda reunião para discutir o caso

Por Naiara Infante Bertão
17 jul 2013, 20h36

A promotoria de Defesa do Consumidor do Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte contabiliza 33 empresas investigadas pela criação de pirâmide financeira. Até a última sexta-feira, eram dezoito empresas no alvo dos promotores – a Telexfree e a BBom são os maiores casos.

O promotor de Justiça José Augusto Perez, do MP do Rio Grande do Norte, afirmou que o número foi alcançado depois de uma força-tarefa de órgãos de diversos estados onde cidadãos fizeram denúncias, como Acre, Rio de Janeiro, Alagoas, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso, São Paulo (interior), Maranhão e Distrito Federal.

Peres não quis informar todas as 33 empresas por se tratar ainda de investigação preliminar. Contudo, além da Telexfree e da BBom, a Nnex, a Cidiz, a Multiclick e a Priples também estão na mira do MP.

Em entrevista ao site de VEJA, Perez afirmou, na sexta-feira, que o sigilo em torno dos nomes de todas as empresas investigadas se deve à falta de provas sobre a inidoneidade dos negócios. “Pode ser que seja constatado que algumas empresas são, de fato, empresas de marketing multinível. Temos muito trabalho daqui para frente”, afirmou o promotor.

Continua após a publicidade

Leia mais:

BBom: faturamento passou de R$ 300 mil para R$ 100 milhões em três meses

BBom, Telexfree e mais onze empresas são investigadas por pirâmide financeira

STF arquiva mandado de segurança de associados da Telexfree

Continua após a publicidade

A BBom e a Telexfree tiveram seus bens congelados durante a investigação. No caso da primeira, a inserção de novos integrantes na rede era feita sob a alegação de que eles seriam parceiros em um comércio de rastreadores, que, segundo a investigação, era um negócio de fachada. Nem mesmo os rastreadores eram homologados junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No caso da segunda, era comercializado um sistema de telefonia via internet, o VOIP (Voice Over Internet Protocol).

No esquema denominado “pirâmide financeira”, os participantes são remunerados somente pela indicação de outras pessoas para o sistema, sem levar em consideração a real venda de produtos. Em dado momento, o esquema se torna matematicamente impossível, diante da dificuldade em se atrair novos participantes. Com isso, os associados mais novos são lesados.

As empresas alegaram à Justiça que praticam marketing multinível, ou o chamado marketing de rede – e não pirâmide financeira. Contudo, nesse tipo de negócio, o faturamento é calculado sobre as vendas dos produtos e não sobre o investimento do ‘associado’. Exemplos de marketing multinível são os praticados por empresas de cosméticos como Natura e Avon, o que é considerado um negócio sustentável. “O dinheiro dos novos entrantes era direcionado para pagar o lucro dos que entraram primeiro, daí o nome de pirâmide. Esse tipo de negócio é insustentável no longo prazo”, explica o procurador Hélio Telho, do Ministério Público Federal de Goiás.

O site de VEJA apurou que a Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça, marcou para 23 de julho uma reunião na capital federal com todos os promotores e procuradores envolvidos nas investigações para discutir o caso das pirâmides.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ABRIL DAY

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Veja Negócios impressa todo mês na sua casa, além de todos os benefícios do plano Digital Completo
A partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.