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Só o BB tem condições de suportar o que estamos suportando, diz CEO sobre inadimplência

Tarciana Medeiros conduziu live de resultados do Banco do Brasil e disse que calote do agro é o maior da história da instituição

Por Daniel Fernandes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 ago 2025, 10h06 - Publicado em 15 ago 2025, 09h55

O Banco do Brasil buscou explicar em detalhes nesta sexta-feira, 15, os resultados ruins apresentados pela instituição financeira no segundo trimestre deste ano. A estratégia busca garantir aos investidores, principalmente, que o banco sabe que seu principal problema está na inadimplência da carteira de pequenos empreendedores, mas sobretudo do agronegócio, foco principal e histórico de negócios do BB. “Só um banco do tamanho do Banco do Brasil tem condição de suportar o que estamos suportando”, disse a CEO Tarciana Medeiros durante a live de resultados iniciada antes da abertura da bolsa de valores.

De acordo com a executiva, a inadimplência do agronegócio estava em 1,91 bilhões de reais, ou 1% do total da carteira. No fim do ano, a participação de inadimplência do segmento já estava em 2,45%. A expectativa da direção do banco era de 1,9% de calotes. Em junho de 2025, o agronegócio devia ao BB 2,73 bilhões de reais. Tarciana disse que se trata da “maior inadimplência do agro na história do Banco do Brasil”.

Então, dos 600 mil clientes do agronegócio, 20 mil estão inadimplentes. Desses, 74% jamais haviam devido ao banco até dezembro de 2023. Para a executiva, o cenário foi agravado pelos altos patamares da taxa básica de juros. A Selic está em 15% ao ano e sem perspectiva de redução, ao menos, até o fim do ano.

Inadimplência sangra lucro do Banco do Brasil

A inadimplência sangrou o lucro apresentado pelo Banco do Brasil no segundo trimestre do ano. O lucro líquido ajustado foi de 3,7 bilhões de reais, queda de 60% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A queda foi de quase 50% em relação aos resultados apresentado pelo banco nos primeiros três meses do ano.

A executiva repetiu o que parece ser o mantra da direção da empresa neste momento: 2025 será um ano de ajustes. De acordo com Tarciana, o terceiro trimestre ainda será de “resultados estressados”, com melhora a partir dos últimos três meses do ano. A live de resultados foi também a oportunidade da executiva fazer promessas. Contou que houve mudança na estrutura de cobrança de crédito, que agora conta com 800 funcionários. E disse que já existe maior agilidade nos protestos e judicializações dessa carteira de inadimplência.

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Sobre o agro, a executiva garantiu ainda que o foco seguirá sendo o agronegócio, com o Banco do Brasil reservando 230 bilhões em crédito para o plano safra de 2025/2026. Finalmente, o banco revisou o guidance para o lucro líquido da instituição em 2025, que deve girar entre 21 e 25 bilhões de reais. A revisão desse guidance era um dos pontos que incomodava os analistas e o mercado financeiro de maneira geral.

 

 

 

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